Uma família viveu momentos de desespero na manhã deste sábado (25) após descobrir que o filho recém-nascido, prematuro de apenas cinco meses, quase foi enterrado vivo em Rio Branco. O bebê havia sido declarado morto na Maternidade Bárbara Heliodora, mas foi encontrado com vida instantes antes do sepultamento.
De acordo com o pai da criança, o barbeiro Marcos dos Santos Fernandes, sua esposa Sabrina Souza começou a sentir fortes dores na última quinta-feira (23), no município de Pauini, no interior do Amazonas. Como a cidade não dispõe de estrutura adequada de saúde, o casal viajou até a capital acreana em busca de atendimento médico.
Na maternidade, os profissionais de saúde constataram que Sabrina estava em trabalho de parto após o rompimento da bolsa. Segundo Marcos, os médicos informaram que ela poderia aguardar para tentar o parto normal, com o auxílio de medicamentos para indução.
O pai contou que, enquanto aguardava o procedimento, sua esposa acabou dando à luz no próprio leito. Uma profissional da unidade foi chamada para prestar socorro, mas informou que o bebê havia nascido sem vida. O recém-nascido foi então enrolado em um pano e levado ao necrotério do hospital.
Na noite de sexta-feira (24), uma assistente social procurou a família para orientar sobre os trâmites do sepultamento. Na manhã seguinte, uma funerária particular retirou o corpo da maternidade e o levou ao cemitério. No entanto, antes do enterro, uma parente pediu para ver o bebê e, ao abrir o caixão, percebeu que ele estava vivo e chorando.
Em pânico, a família correu para levar a criança de volta à maternidade, onde recebeu atendimento médico imediato. A Polícia Militar foi acionada e uma guarnição do 1º Batalhão compareceu ao local para apurar a situação. O caso foi encaminhado à Delegacia Especializada de Proteção à Criança (DEPC).
A direção da Maternidade Bárbara Heliodora informou que deverá divulgar uma nota oficial, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), para esclarecer o ocorrido e apontar possíveis falhas no atendimento.