Atenção: a matéria a seguir traz conteúdos sensíveis e pode ocasionar gatilhos sobre abuso, violência contra a mulher e violência doméstica. Caso você seja vítima deste tipo de violência ou conheça alguém que passe ou já passou por isso, procure ajuda e denuncie. Ligue para o 180.
Na quinta-feira (2/10), circulou nas redes sociais a informação de que Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, ex-jogador de basquete preso por espancar a namorada com 61 socos dentro de um elevador em Natal, teria sido espancado e abusado por outros detentos na unidade prisional onde está custodiado, no Rio Grande do Norte.
Segundo a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SEAP) do Rio Grande do Norte, a notícia divulgada em blogs da capital é falsa. “Não procede a informação de que o custodiado Igor Cabral sofreu qualquer tipo de violência na unidade prisional”, informou a assessoria da pasta ao Blog Robson Pires, o Xerife.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Igor Eduardo Pereira Cabral, agressor de Juliana GarciaReprodução/Redes Sociais Ela foi agredida pelo então namorado, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral.Reprodução/@julianagarcia.br Igor Eduardo Pereira Cabral, agressor de Juliana GarciaReprodução: Redes Sociais Igor Eduardo Pereira Cabral era jogador de basqueteReprodução/Redes Sociais
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De acordo com o blog A Fonte, Igor Eduardo teria sido espancado e estuprado por outros detentos, que não engoliram a covardia vista em julho, quando câmeras flagraram, no dia 26, o jogador de basquete agredindo a namorada, Juliana Garcia, deixando-a inconsciente e com múltiplas fraturas no rosto. Ainda de acordo com a página, Igor acabou hostilizado e, segundo relatos, precisou de atendimento médico. Em agosto, ele relatou, em depoimento, agressões e ameaças de policiais penais na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, onde está custodiado.
A CNN teve acesso ao boletim de ocorrência registrado no dia 1º, e segundo o relato, os episódios teriam começado no dia 30 de julho, quando ele foi transferido para a unidade prisional. Igor afirma que foi colocado em uma cela isolada, algemado e sem roupas, que policiais penais o teriam colocado sobre o ralo do banheiro, usado spray de pimenta e desferido golpes com sandálias, socos, chutes e cotoveladas. Ainda de acordo com o preso, os agentes teriam feito ameaças de estupro, envenenamento e morte, além de oferecer-lhe um lençol e aconselhá-lo a se suicidar.
Ele também disse que os policiais gravaram vídeos dele e que chegou a ser forçado a engolir líquido do spray de pimenta. No depoimento, Igor relatou que os agentes disseram que ele havia “chegado ao inferno”. Mencionou ainda que foi informado sobre a existência de uma cela com outros detentos que o estariam aguardando. A Corregedoria do Sistema Penitenciário teria o informado que tinha conhecimento dos fatos e providenciou sua condução à delegacia para registro da ocorrência e realização de exame de corpo de delito. A Polícia Civil investiga o caso. Juliana passou por uma cirurgia de reconstrução facial e descreveu a agressão como um “atentado contra a vida”. Ela também revelou que a relação era “tóxica e abusiva”, com histórico de agressões físicas e psicológicas, além de ciúmes excessivos por parte de Igor.