Superestrutura de Rauw Alejandro passa longe do Brasil em show com falhas, mas elogiável

Rauw Alejandro por fim desembarcou no Brasil após três apresentações soud out (ingressos esgotados) na Argentina, mas com um porém: toda a estrutura da “Cosa Nuestra World Tour” cruzou a fronteira direto para a Colômbia, levando junto as expectativas dos fãs brasileiros e a experiência que o prestigiado espetáculo, digno da Broadway, está proporcionando pelo mundo.

Ainda que tenha lotado a casa de espetáculos Vibra SP, na zona sul da capital, o astro porto-riquenho não conseguiu o mesmo feito de vendas como em todos os seus shows anteriores, devido, claro, os valores altíssimos dos ingressos, e a data escolhida, uma quarta-feira.

Mesmo com cerca de 40 minutos de atraso, que obviamente gerou uma enorme insatisfação no público, em termos de performance o cantor entregou tudo o que foi possível dentro das condições estruturais e da realidade, ou seja, sem carro cenográfico, sem fogos, fumaça e até sem telões e projetores mais dignos. Até a cortina do espetáculo tinha aspecto empobrecido.

Embora sua projeção meteórica com pouco mais de cinco anos de carreira, é de se elogiar o público angariado no Brasil em tão pouco tempo.

Outros tantos artistas latinos com décadas de sucessos não tiveram a mesma disposição.

No gogó do início ao fim, Rauw Alejandro mostrou-se absolutamente carismático, arriscou o português em vários momentos e teve uma boa interação com o público.

O setlist foi totalmente afetado e diferente de todos os shows realizados até aqui. Sem apresentar hits como o clássico “Punto 40”, “Dile a él”, “Pasaporte”, “Tiroteo”, “El Efecto”, e até “Todo de Ti”, sendo esta usada na divulgação de sua vinda, o cantor mesclou vários de seus sucessos, as comprimindo pela metade.

O público em si não deixou clima cair ao longo do show, mas Rauw sim, se abateu e reclamou de falhas técnicas para todo mundo ver e ouvir, expondo a dificuldade da produção em solucionar o problema.

Dividiu opiniões o fato do cantor ter levado ao palco o grupo brasileiro de samba bumbo, Nhô Arruda, de Campinas, interior de São Paulo.

Porém, a nível de qualidade, foi um ponto bastante positivo por mostrar o interesse da produção e do próprio artista em linkar sua cultura ancestral com a nossa, diga-se, as raízes africanas, tema que também engloba o álbum da tour.

O auge da apresentação ocorreu com a música “Party”, uma parceria do artista com Bad Bunny, quando Rauw pôde sentir a efervescência brasileira.

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