Atenção: a matéria a seguir traz conteúdos sensíveis e pode ocasionar gatilhos sobre estupro, violência contra a mulher e violência doméstica. Caso você seja vítima deste tipo de violência ou conheça alguém que passe ou já passou por isso, procure ajuda e denuncie. Ligue para o 180.
O dentista Fernando Simionato Garbi teve seu nome pautado na mídia nacional e internacional após a morte do influenciador de moda, Junior Dutra, aos 31 anos, e outra suposta vítima está o acusando de se passar por cirurgião da face e de ter feito um procedimento malsucedido nela. Agora, mais uma pessoa apresentou, nesta semana, uma representação criminal à autoridade policial em desfavor do dentista e da Clínica Fakianki. O crime? Estupro, tráfico ilícito de medicamento, entre outros delitos. A reportagem do portal LeoDias teve acesso à representação formulada pela vítima.
O caso foi registrado na delegacia de Defesa da Mulher em Barra Funda/SP. A suposta vítima, que não quer ser identificada, explicou no documento que contratou a clínica para procedimentos estéticos, acreditando se tratar de um estabelecimento regularizado e íntegro.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Fernando Simionato GarbiReprodução: Instagram/@dr.fernandogarbi Fernando Simionato Garbi e Adair Mendes Dutra JuniorReprodução Instagram Fernando Simionato Garbi e Adair Mendes Dutra Junior/ montgem Fernando Simionato GarbiReprodução Instagram Fernando Simionato Garbi Fernando Simionato GarbiReprodução Instagram Fernando Simionato Garbi
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“Posteriormente, verificou-se que o representado não possui formação médica nem inscrição no Conselho Regional de Medicina, fato descoberto após a morte de uma paciente em 03/10/2025, amplamente divulgada nos meios de comunicação nacional e internacional”, contou em um trecho.
O dentista vendeu à vítima o medicamento Mounjaro (tirzepatida) — fármaco de uso controlado e sujeito a prescrição médica — sem possuir qualquer autorização da ANVISA ou do Ministério da Saúde, configurando tráfico ilícito de medicamento, segundo a representação.
Violência sexual
Na sequência, Fernando realizou um procedimento de preenchimento labial, o qual resultou em hematomas, dores e inflamação, obrigando a suposta vítima a buscar tratamento médico para conter os danos físicos.
“Durante o atendimento, a vítima sofreu violência sexual: o representado tocou suas partes íntimas e seus seios, além de tentar beijá-la à força, sem qualquer consentimento, aproveitando-se de sua posição de suposto profissional de saúde e da vulnerabilidade da paciente, que se encontrava emocionalmente abalada e parcialmente imobilizada”, dizia em outro trecho do documento que este site teve acesso.
Após ela reagir e afirmar que o denunciaria, o dentista passou a ameaçá-la por mensagens, difamando-a e proferindo ofensas, chamando-a de “garota de programa”, para coagir e intimidá-la a não entrar em contato com as autoridades.
Segundo a acusação, o suposto abuso teria ocorrido durante um procedimento realizado em ambiente de home care [em casa], ocasião em que a mulher teria sido violentada. A representação descreve, ainda, que, por meio de perfis falsos, Fernando ameaçou e difamou a mulher com o intuito de intimidá-la e de credibilizá-la publicamente.
Ao todo, a suposta vítima o denunciou por 9 crimes: estupro, tráfico e comercialização ilícita de medicamento (Mounjaro), exercício ilegal da medicina, lesão corporal grave, estelionato e fraude na prestação de serviços, falsidade ideológica, publicidade enganosa, ameaça e coação, difamação e calúnia.
A defesa da suposta vítima requereu a instauração de inquérito policial para apuração dos crimes descritos; bem como, pleiteou a imediata representação pela prisão preventiva do investigado, diante da reiteração criminosa e ameaça às vítimas.
Solicitou, ainda, a requisição de registros e contratos da Clínica Fakiani; a comunicação à ANVISA e ao Conselho Regional de Medicina; a preservação e análise das provas digitais (mensagens, publicações e conversas); a oitiva da vítima e testemunhas; aplicação de medidas protetivas e o indiciamento dos representados pelos crimes narrados na inicial.
Este veículo entrou em contato com a defesa de Fernando, que ainda não se manifestou até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.