Taylor Swift deixa de se levar a sério e acerta no divertido “The Life of a Showgirl”

Taylor Swift deixa de se levar a sério e acerta no divertido “The Life of a Showgirl”

As redes sociais nesta sexta-feira (3/10) foram inundadas com um único assunto: Taylor Swift e seu novo álbum de estúdio, o “The Life of a Showgirl”. Após alguns lançamentos focados em projetos introspectivos e acústicos, a artista voltou a apostar alto no pop mais convencional com seus parceiros de longa data, Max Martin e Shelback. Além de divertido, o disco é uma ode à Taylor do passado: não se leve tão a sério.

O repertório começa com “The Fate of Ophelia”, lead single do projeto, um pop com sons mais orgânicos, principalmente bateria e baixo bem marcantes. E dá a nota do que será a audição: um divertimento despretensioso. Na letra, a cantora narra como seu atual relacionamento, com o jogador Travis Kelce, a salvou de uma enorme tristeza.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Taylor Swift em “The Life of a Showgirl”Reprodução Taylor Swift em “The Life of a Showgirl”Reprodução Taylor Swift em “The Life of a Showgirl”Reprodução Taylor Swift em “The Life of a Showgirl”Reprodução/X: @taylorswiftbr
Taylor Swift em “The Life of a Showgirl”Foto/Instagram/@taylorswift

Voltar
Próximo

Leia Também

Música
Após o anúncio de “The Life of a Showgirl” veja o ranking dos melhores álbuns de Taylor Swift

Notícias
Anúncio de indicados ao Oscar 2025 é adiado por causa dos incêndios em Los Angeles

Redes Sociais
Após anúncio da saída de William Bonner do “Jornal Nacional”, web reage. Veja memes!

Cultura
Após pausa, Taylor Swift anuncia novo álbum e divulga spoilers do projeto

A sequência permanece com o clima lá em cima e com ótimas canções. “Elizabeth Taylor” possui uma vibe sombria e um desenrolar acelerado de tirar o fôlego. Assim como “Opalite”, que parece uma música que Madonna ou Stevie Nicks lançaria, com um refrão brilhante.

Outro grande êxito é “Father Figure”, com interpolação do hit de mesmo nome, de George Michael. Nesta, Taylor conta a história de suas discípulas e copiadoras que surgiram ao longo de sua carreira, em uma narrativa envolvente de rivalidade em que afirma que, sim, é ela quem manda na parada. A letra, nada discreta, diz: “Eu serei sua figura paterna, eu bebo aquele uísque / Posso fazer acordos com o diabo porque meu pau é maior”.

A primeira quebra de clima ocorre com a faixa 5, tradicionalmente a mais pessoal dos álbuns de Taylor, em “Eldest Daughter”. A pegada acústica é fofa, mas parece um descarte das eras “Fearless” ou “Speak Now”. “Ruin The Friendship” possui uma harmonia manjada e perde força também, apesar da letra chocante, sendo uma das melhores do “The Life of a Showgirl”.

O acústico continua em “Actually Romantic”, mas dessa vez com vitaminas e energéticos embutidos. A letra, atribuída à Charli XCX, é uma pancada no estômago, uma clássica disstrack de rap: malvada e ácida. A guitarra dá um ar irônico que deixa tudo divertido, sem pesar o clima. Mais uma prova de que, apesar da briga, ela está rindo na cara do perigo e deixou de ligar para tudo ao redor.

Após as indiretas, chegam as faixas mais românticas. “Wi$h Li$t” é açucarada e se perde em meio a tanto doçor. É, com certeza, o ponto mais baixo do álbum, apesar da letra divertidinha. “Wood”, por outro lado, é um dos exemplos de que Taylor está feliz e com tesão. A letra é indecente para os padrões da cantora e conta com uma melodia extremamente parecida com “ABC”, do The Jackson 5.

Outra surpresa do álbum é “CANCELLED!”, em que Taylor canta sobre como viver com olhos atentos e diante de críticos o tempo todo. É um pop que, embora manjado, soa fresh. Fãs estão ligando esta canção à Blake Lively, que está em uma batalha judicial e midiática contra Justin Baldoni.

A penúltima faixa é “Honey”, que também é açucarada demais da conta. Apesar disso, a letra é tão jocosamente romântica que é impossível não gostar.

O disco termina com a apoteótica “The Life of a Showgirl”, em parceria com Sabrina Carpenter. O clima épico e musical faz da canção um dos pontos altos do álbum. Sabrina contribui com seu humor ácido de sempre, e a mensagem é que o show sempre tem que continuar. O mote é de baixar os créditos em grande estilo.

A sensação que fica após ouvir o disco completo é de divertimento. O que pode chocar é a ausência de músicas tristes sobre desilusões amorosas. Não há nenhuma nesse disco, o que é uma quebra de paradigma para Taylor Swift. Sua nova fase misturando o amor e as indiretas parece ser definitiva e, aos trancos e barrancos, feliz.

Quanto à sonoridade, o abandono dos sintetizadores e da parceria com Jack Antonoff fez bem. Apesar dos êxitos com “Folklore”, “Evermore” e “Midnights”, o “The Tortured Poets Department” encheu a paciência dos críticos com o excesso de chororô e introspecção.

Com o “The Life of a Showgirl”, Taylor alcançou um feito significativo: ela deixou todos curiosos com o próximo passo, mesmo no 12° álbum de estúdio. O que veio é legal, e o que pode vir pela frente pode ser ainda melhor.

Nota: 8,5

Categories: ENTRETENIMENTO
Tags: MúsicaTaylor SwiftThe Life of a Showgirl