O rei Charles III retirou o título de príncipe e ordenou a saída do irmão, Andrew, da residência Royal Lodge nesta quinta-feira (30/10), conforme comunicado do Palácio de Buckingham. Segundo a nota oficial, o monarca britânico tomou a decisão devido ao envolvimento do ex-duque de York em um escândalo de exploração sexual.
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De acordo com o editor de realeza da emissora ITV, Chris Ship, a viagem do príncipe William ao Brasil teria acelerado o veredito do soberano em relação ao familiar.
O príncipe William desembarcará em solo brasileiro na próxima segunda-feira (3/11). Ele permanecerá no país por quatro dias, com passagens pelo Rio de Janeiro (RJ), onde acontecerá a cerimônia dos Earthshot Awards, prêmio voltado a iniciativas ambientais e, em seguida, por Belém (PA), cidade-sede da COP30, onde representará a família real.
Ainda segundo Ship, a decisão do rei Charles de remover o título de príncipe e ordenar o despejo de Andrew da Royal Lodge “inicia um processo formal para afastá-lo oficialmente da realeza”.
Durante o programa ITV News, o jornalista comentou que tanto o rei quanto o Palácio de Buckingham precisavam resolver o “problema Andrew” o quanto antes. Ele destacou que os escândalos envolvendo o ex-duque de York têm ofuscado compromissos oficiais da monarquia, inclusive durante a recente viagem do rei e da rainha Camilla ao Vaticano, na última semana.
“O rei teve, na semana passada, uma visita muito significativa ao Vaticano, tornando-se o primeiro monarca em 500 anos a rezar junto ao Papa. Eles quase conseguiram esconder essa crise, mas não completamente”, observou Ship.
Na avaliação do jornalista, o Palácio de Buckingham estaria receoso quanto à continuidade das polêmicas em torno de Andrew.
“Havia uma grande preocupação no Palácio de Buckingham de que essa história continuasse a ofuscar outros compromissos e é por isso que, nesta noite, decidiram divulgar tudo oficialmente. Então, sim, o timing foi bastante significativo”, enfatizou o jornalista.
Chris Ship ainda acrescentou que a visita de William ao Brasil foi um fator-chave para que a decisão fosse antecipada:
“O príncipe William tem uma visita importante ao Brasil, onde acontecerão os prêmios Earthshot, com foco em iniciativas ambientais, no Rio de Janeiro. Além disso, ele vai representar o rei na Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP30.”
A queda de Andrew
O príncipe Andrew, de 65 anos, é o segundo filho da falecida rainha Elizabeth II e do príncipe Philip. Ele foi forçado a abandonar as funções públicas em 2019, após vir à tona sua amizade com o financista e criminoso sexual Jeffrey Epstein.
Em 2022, Andrew fez um acordo extrajudicial com Virginia Giuffre, uma das vítimas de Epstein, que o acusava de abuso sexual quando ela ainda era menor de idade. Embora o príncipe tenha negado todas as acusações, o caso gerou enorme repercussão negativa. O pagamento do acordo, estimado em milhões de libras, foi feito sem admissão de culpa.
Desde então, o duque de York havia perdido cargos honoríficos, patrocínios e o uso do título de “Sua Alteza Real”. Ainda assim, mantinha o título de príncipe e residia no Royal Lodge, uma das propriedades mais luxuosas de Windsor.
Com o novo comunicado do Palácio de Buckingham, Andrew será identificado apenas como Andrew Mountbatten-Windsor, e deixará oficialmente de integrar a estrutura da família real britânica.
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