Reintegrado à Seleção Brasileira para os amistosos contra Senegal e Tunísia, Lucas Paquetá resolveu falar publicamente sobre o processo que o acompanhou por quase dois anos na Inglaterra. Em entrevista ao ge, o jogador descreveu, pela primeira vez, como lidou emocionalmente com as acusações de envolvimento em manipulação de apostas que o afastaram de uma transferência ao Manchester City e o deixaram sob risco de punição esportiva.
Paquetá contou que o período foi marcado por medo, instabilidade e necessidade de acompanhamento psicológico. “Sem dúvida alguma foi um momento muito difícil, não só para mim, mas para minha família. Eu e minha esposa passamos por dois anos longos, dolorosos, mas com um final feliz”, afirmou.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Lucas PaquetáDivulgação Lucas Paquetá em campo. Ele beija a camisa do West Ham, time que defendeReprodução Instagram O meio-campista está com a Seleção Brasileira para os amistosos contra Senegal e Tunísia.Reprodução/@lucaspaqueta
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Segundo ele, a impossibilidade de se defender publicamente intensificou o desgaste: “É muito difícil você não poder falar, escutar várias narrativas e não poder contar o seu lado da história”.
O meia relatou como foi receber a notificação inicial da Federação Inglesa a poucos dias de concluir sua ida ao Manchester City. “Falando profissionalmente, eu perdi isso… Psicologicamente, foi onde eu mais fui afetado”, disse. Paquetá revelou que buscou ajuda especializada para lidar com o período: “Tive acompanhamento psicólogo para poder lidar com tudo isso”.
Mesmo absolvido, o brasileiro recebeu uma advertência por não colaborar plenamente com a investigação. Ele minimizou a questão: “Eu enxergo uma vitória completa, apesar dessa punição… Não tive uma punição real nem de tempo nem financeiramente”.
Ao longo da entrevista, Paquetá repetiu que pretende revelar detalhes do caso em outro momento e que prepara um material mais completo sobre o processo. “Tem bastante coisa que eu ainda quero falar… As pessoas vão poder ver a grandeza do que foi o caso, o maior caso de aposta da história do futebol inglês”, connstatou. O jogador reforçou que pretende explicar reuniões, audiências e divergências com as narrativas divulgadas nos últimos meses: “Muita coisa não é verdade, que foi contada. Eu vou esclarecer tudo”.
O apoio da família e a fé, segundo ele, foram determinantes. “Isso fortaleceu o nosso casamento, nossa história como família”, relatou. Paquetá afirmou ter vivido um processo de transformação pessoal: “Eu entendi que Jesus é a verdade, o caminho, a vida… Deus transformou a minha vida, minha família, minha casa”.
O meia também destacou a postura da CBF e de Rodrigo Caetano, coordenador de seleções. “Me ajudou, confiou em mim… Estar na Seleção me fortalecia muito”, afirmou. Segundo ele, sua ausência temporária em convocações ocorreu por decisão conjunta, já no período mais intenso do julgamento.
Ao ser questionado sobre o quanto duvidarem da sua credibilidade o afetou, Paquetá disse que esse impacto já passou. “Hoje em dia, zero… Meu intuito não é glorificar a mim, mas glorificar a Deus pelo que Ele fez na minha vida”.
O jogador garantiu que, apesar das dificuldades, nunca pensou em abandonar o futebol. “Existiram vários momentos em que você não aguenta mais… Mas sempre fui muito comprometido com o meu sonho”, pontuou.
Agora, o atleta pede para que o caso fique para trás, mas promete que sua versão completa ainda será apresentada. Ele define o período com a expressão que adotou para si desde que recebeu a absolvição: “Obra completa”.
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