A Alemanha confirmou sua entrada no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta lançada pelo governo brasileiro para financiar ações de proteção ambiental em países com grandes áreas verdes. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (7/11) durante reunião entre o chanceler Friedrich Merz e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Belém, no Pará, onde ocorre a COP30.
Merz classificou a contribuição alemã como uma “quantia considerável”, embora tenha evitado detalhar valores. Segundo o premiê, a definição do montante ainda depende de ajustes internos com o ministro das Finanças e de consenso dentro do gabinete em Berlim. “A Alemanha está disposta a contribuir para esta iniciativa [o TFFF]. E contribuiremos com uma quantia considerável de dinheiro”, afirmou.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Lula na COP30Foto: Bruno Peres/Agência Brasil Lula e COP30Foto: Ricardo Stuckert/PR Lula e Friedrich MerzFoto: Ricardo Stuckert/PR COP30 acontecerá em Belém, no ParáDivulgação “Vou ter a gentileza de ligar para o Trump”, declara Lula sobre a COP30Reprodução: YouTube/Canal Gov
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O TFFF, um fundo que une investimentos públicos e privados, pretende canalizar recursos para países com florestas tropicais, incentivando práticas sustentáveis de manejo e combate ao desmatamento. Até o momento, Brasil, Noruega, França e Portugal já confirmaram aportes, com destaque para a Noruega, que prometeu US$ 3 bilhões.
A sinalização da Alemanha era uma das mais aguardadas pelo governo brasileiro, que vê o país europeu como peça-chave para atrair mais investidores e ampliar a credibilidade internacional do projeto. A equipe econômica de Fernando Haddad tem como meta alcançar US$ 25 bilhões em contribuições soberanas ao longo dos próximos anos; e considera que, se o fundo atingir US$ 10 bilhões até 2026, o resultado já será positivo.
Fontes diplomáticas alemãs indicaram que o investimento deve ocorrer em etapas e que o país ainda busca garantias sobre os mecanismos de governança e transparência na aplicação dos recursos.
O gesto de Merz foi interpretado como um avanço político para Lula, que tenta consolidar o TFFF como um dos principais legados da presidência brasileira na COP30. O fundo é visto pelo governo como símbolo da liderança do Brasil na pauta ambiental global; especialmente no debate sobre financiamento climático e preservação das florestas tropicais.