O coordenador da Seleção Brasileira, Rodrigo Caetano, revelou que Carlo Ancelotti já tem “em torno de 18 nomes” definidos para a Copa do Mundo. A declaração foi dada durante o programa De Primeira, em entrevista na qual ele explicou como o grupo está sendo moldado e como a comissão técnica pretende consolidar o elenco até maio, quando será divulgada a lista definitiva.
Segundo Caetano, o trabalho de observação está em estágio avançado. “Ele [Ancelotti] tem em sua cabeça em torno de 18 nomes que ele pretende ou ele considera que estarão na Copa do Mundo. Existem muitas variáveis até chegar lá. Infelizmente, as lesões sempre nos surpreendem. A gente torce que não tenhamos nenhuma surpresa negativa até lá. Mas o objetivo, junto ao nosso planejamento, é que a partir dessa data FIFA de março, já tenhamos sim um esboço muito próximo daquilo que será a lista definitiva de maio”, afirmou o dirigente.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Carlo Ancelotti comanda segundo treino do Brasil em LondresFoto: Rafael Ribeiro/CBF Carlo AncelottiFoto: @rafaelribeirorio / CBF
Carlo AncelottiFoto: @rafaelribeirorio / CBF
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Planejamento e diversidade de amistosos
Rodrigo Caetano também explicou a estratégia por trás dos amistosos recentes e futuros, destacando o objetivo de enfrentar diferentes estilos de jogo. “A gente planejou muitos amistosos com a intenção de enfrentarmos escolas diferentes. A gente sabe que é diferente você jogar contra uma escola asiática, como nós enfrentamos Japão e Coreia. O Japão muitas vezes é considerado a Espanha da Ásia. É uma disciplina tática muito grande. Agora enfrentaremos duas escolas africanas, claro que cada uma com suas especificidades. Senegal, uma seleção que, junto com a Noruega, dentre as quais o Brasil enfrentou, que não venceu na sua história”, disse.
O coordenador reforçou que essa variedade de confrontos faz parte do processo de amadurecimento da equipe: “O que a gente espera é isso, enfrentar a diversidade, enfrentar situações que não são costumeiras, para que isso não nos surpreenda naquele momento que a gente não pode errar. É claro que a gente quer vencer, a gente quer, obviamente, consolidar uma equipe até a Copa, mas a preparação passa por isso também.”
Ele destacou ainda que o grupo será formado por mais do que apenas titulares: “Outros debates é constituir um grupo, um número de atletas que formarão ou que formam já uma espinha dorsal para o místico, que não são somente os titulares, mas sim um grupo. E também avaliar em outras posições novos atletas.”
Testes e critérios de convocação
Rodrigo comentou as críticas sobre o número de testes realizados por Ancelotti: “Eu acompanho as coletivas e um dos debates é: por que testar muito? E já ouvi em ciclos anteriores: por que não testar mais? Temos que seguir o que acreditamos, de observar jogadores no futebol brasileiro que vêm se destacando. É a chance que eles têm, para que o treinador chegue mais próximo a uma justiça na hora de convocar.”
Próximos amistosos e confrontos europeus
Questionado sobre os possíveis adversários para os amistosos de março, Caetano explicou que ainda não há definição. “A gente hoje não pode cravar o nome ainda dos adversários. Ainda precisamos que as seleções que enfrentaremos em março estejam confirmadas ou já estejam terminadas a sua participação nas eliminatórias da Europa, porque os amistosos de março serão contra seleções europeias, como a gente já divulgou anteriormente. E a ideia é realmente enfrentar seleções desse porte, desse nível, justamente por isso”, constatou.
Ele completou: “Março é um período bastante importante, não definitivo, mas muito importante para consolidar o máximo que pudermos da lista dos atletas que estarão na Copa do Mundo. E nada melhor do que enfrentar grandes adversários como esses dois que tu citaste, mas a gente espera que após essa data FIFA, agora de novembro, a gente já possa divulgar oficialmente.”
Aprendizado nas derrotas e ajustes finais
Caetano afirmou que as derrotas recentes também fazem parte do processo de evolução. “É importante viver essas experiências neste momento. Ninguém gosta de perder. Não se aceita perder na seleção brasileira, mas quando acontece, tem que ter um aprendizado melhor, uma avaliação melhor. As trocas estavam previstas. Sempre falamos que naquela Data Fifa, teríamos um número maior de jogadores que atuam na Europa, por logística, fuso horário”, explicou.
Ele reforçou que os testes realizados nos amistosos foram planejados e que o número de alterações será reduzido a partir de agora. “Serviu muito de avaliação. Até porque, mais próximos que distantes da Copa, o número de mudanças de um jogo para outro será menor. Ancelotti disse isso. Agora, a partir de agora, ele vai consolidar mais a equipe e fazer alterações e testes que julgar necessários. Não como foi de um jogo para outro na Ásia”, pontuou.
Neymar sob acompanhamento
Sobre o retorno de Neymar, o coordenador garantiu que o atacante segue sendo acompanhado de perto pela comissão técnica. “Existe um acompanhamento, Lucas, de todos os atletas que fazem parte da lista larga. Esse é um processo, a gente já explicou. Existe um acompanhamento muito mais próximo de todos aqueles jogadores que invariavelmente giram em torno de 55 nomes. Neymar sempre fez parte e ele é um dos jogadores mais importantes do futebol brasileiro em atividade. E é óbvio que existe esse acompanhamento muito próximo”, ponderou.
Rodrigo evitou entrar em detalhes sobre a recuperação física do camisa 10, mas afirmou que há otimismo em relação à evolução do jogador. “Eu só não vou entrar no detalhe, até porque não é nem a minha função, um detalhe muito técnico. Técnico que eu digo em relação aos números, em relação às avaliações. Mas todos nós esperamos, assim como você e todo torcedor brasileiro, que ele realmente retome a sua melhor forma física. Técnica não se discute, não cabe nem aqui abrir esse debate”, declarou.
O dirigente também citou visitas recentes ao Santos e o acompanhamento direto da comissão: “Já fomos a Santos, […] existe o contato e a preocupação com o desempenho e a evolução dele, que siga melhorando, com ritmo de jogos, recuperação da lesão. Tenho certeza que ele vai ajudar o Santos e em breve estar disponível para ajudar o mister.”
Outros debates
Durante o programa, também foram discutidos temas como o julgamento do atacante Bruno Henrique no STJD, a regulação das apostas esportivas e o projeto de Fair Play Financeiro da CBF. O jornalista Paulo Vinícius Coelho afirmou: “É muito importante pela indústria das apostas esportivas que se julgue o Bruno Henrique. Ele pode ser perfeitamente absolvido. Não tem nenhum drama se ele for absolvido. Acho, continuo achando, que o caso do Bruno Henrique é mais criminal […] do que esportivo.”
O repórter Lucas Musetti comentou sobre a perda de foco em discussões estruturais. “Debates muito importantes, seja sobre apostas no Brasil, seja sobre STJD ou sobre arbitragem, como a gente falou, ou sobre gramado artificial ou natural, e esses debates estão se perdendo por uma disputa que está existindo em campo”, refletiu.
Por fim, PVC acrescentou que o projeto de Fair Play Financeiro será apresentado em evento internacional: “O projeto do Fair Play Financeiro está pronto. Hoje ou amanhã vai ter, na COP30, a apresentação do projeto Impacta CBF. O Ricardo Gluck Paul, presidente da Federação Paraense, vai apresentar esse projeto lá. Um pedaço disso fala sobre impacto social, ambiental e de governança.”
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