Durante a coletiva de imprensa da série “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada”, realizada na última terça-feira (11/11), o diretor Andrucha Waddington falou sobre os desafios e a importância de retratar com fidelidade o contexto histórico da época. O portal LeoDias esteve presente no evento, que reuniu elenco e produção da nova série da HBO.
Segundo o diretor, o projeto buscou mostrar com realismo o ambiente social e o machismo estrutural que marcaram a década de 1970 no Brasil. “A gente tentou trazer um realismo, um cuidado em retratar a época, que era muito mais fã do fascismo estrutural. Era uma sociedade conservadora, que não suportava uma mulher como a Ângela”, explicou Andrucha.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Andrucha Waddington revela bastidores de dirigir Fernanda MontenegroFoto/Portal LeoDias/BrazilNews Marjorie Estiano é a protagonista da série “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada”Crédito: Reprodução Instagram @hbomaxbrasil “Ângela Diniz: assassinada e condenada”Foto/HBO
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O cineasta destacou que o comportamento livre e exuberante da socialite era visto como uma provocação aos padrões da época. “Ela tinha amigas que compartilhavam dessa liberdade, desse espírito revolucionário, mas a sociedade não suportava isso. E o que aconteceu com ela foi resultado direto desse preconceito e dessa intolerância”, pontuou.
Com um olhar sensível e crítico, Waddington reforçou que a série pretende não apenas revisitar um crime que chocou o país, mas também provocar reflexão sobre o papel da mulher e a violência de gênero. “Ângela Diniz era uma mulher à frente do seu tempo, e o que ela representava incomodava profundamente. Esse incômodo é o que a série busca expor”, concluiu.