Bolsonaro tentou romper tornozeleira eletrônica antes da prisão, aponta Moraes em decisão

Bolsonaro tentou romper tornozeleira eletrônica antes da prisão, aponta Moraes em decisão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou neste sábado (22/11) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, após receber informações de que o equipamento de monitoramento eletrônico usado por ele em prisão domiciliar havia sido violado. O alerta partiu do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, que registrou a ocorrência às 0h08.

No despacho, Moraes destaca que o monitoramento constatou a tentativa do ex-presidente de romper o dispositivo, afirmando que a ação tinha como objetivo “garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho.”

Veja as fotosAbrir em tela cheia Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliarFoto: @hugobarretophoto/Metrópoles Jair BolsonaroReprodução: Band BolsonaroReprodução Instagram Bolsonaro/ montagem Jair Bolsonaro e Mauro CidFoto: Alan Santos Jair Bolsonaro – Internet Reprodução O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)Foto: Jorge Sant’Ana/Globo O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)Foto: Antonio Augusto/STF
Bolsonaro registra presença no jardim de casa no quinto dia do julgamento no STFReprodução: Metrópoles Bolsonaro registra presença no jardim de casa no quinto dia do julgamento no STFReprodução: Metrópoles Jair Bolsonaro (PL) Foto: Ton Molina/STF

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A vigília mencionada pelo ministro foi organizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), que convocou apoiadores para se reunirem em frente ao Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico. A Polícia Federal interpretou a mobilização como um risco à ordem pública e levou o pedido de prisão preventiva ao STF, argumentando que a presença de centenas de pessoas poderia colocar em perigo agentes, manifestantes e o próprio ex-presidente.

Segundo a decisão, “A informação de Polícia Judiciária identificou que teria sido convocada para o dia 22 de novembro de 2025 uma vigília em prol de Jair Messias Bolsonaro nas proximidades da residência deste, na cidade de Brasília”.

O documento também registra que Flávio Bolsonaro, ao divulgar o ato, “incita adeptos” do ex-presidente “a se deslocarem até as proximidades da residência do condenado”, utilizando, segundo Moraes, estratégias semelhantes às ativadas pela “organização criminosa que tentou um golpe de Estado no ano de 2022, utilizando a metodologia da milícia digital para disseminar por múltiplos canais mensagens de ataque e ódio contra as instituições”.

Para Moraes, a convocação apresentava potencial de desencadear uma aglomeração de grandes proporções, comparável aos atos realizados em frente a quartéis no fim de 2022, com “efeitos, desdobramentos e consequências imprevisíveis”.

A prisão de Jair Bolsonaro foi executada no início da manhã deste sábado. O ex-presidente foi levado à Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal. O ministro determinou que o mandado fosse cumprido “[…] com todo o respeito à dignidade do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática”.

A mobilização convocada por Flávio teve início ainda na sexta-feira (21/11), quando o senador publicou um vídeo nas redes sociais chamando apoiadores para uma vigília religiosa em defesa do pai, pedindo que todos se reunissem em oração “pela saúde de Bolsonaro e pela liberdade no Brasil”. No apelo, o senador citou trechos bíblicos, declarou “Vem com a gente, vamos lutar” e disse: “Nesse primeiro momento, a gente vai buscar o Senhor dos exércitos. Eu te convido para uma vigília que começa neste sábado”. Ele concluiu afirmando que a intenção era “[…] pedir a Deus que aplique a sua justiça […]. E, com a sua força, a força do povo, a gente vai reagir e resgatar o Brasil desse cativeiro em que ele se encontra hoje”.

Categories: ENTRETENIMENTO
Tags: Jair BolsonaroPOLÍTICA