Um agente penitenciário de 50 anos, identificado como Gilson Junior dos Santos, atirou contra um vizinho, de 37, durante uma discussão em um supermercado, em Marília, no interior de São Paulo. Segundo familiares, a dupla tem um histórico de brigas há pelo menos dez anos. A vítima recebeu alta médica nessa segunda-feira (24/11), enquanto o autor dos tiros segue foragido.
O caso aconteceu no supermercado Tauste, no último dia 15. Os vizinhos faziam compras acompanhados de suas companheiras, quando se cruzaram em um corredor e começaram a discutir.
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Imagens obtidas pelo Metrópoles mostram os homens caminhando pelo estabelecimento e trocando provocações. Em determinado momento, o agente penitenciário perde a paciência, saca uma arma e efetua dois disparos contra Johnny da Silva Sarmento.
A ação assustou clientes e funcionários do mercado, que tentaram se proteger após ouvir os disparos. Sarmento foi atingido no abdômen e nas costas, e precisou ser socorrido no Hospital das Clínicas (HC) de Marília. Ele estava internado na UTI e recebeu alta médica nesta segunda-feira.
Histórico de brigas
No dia dos fatos, a Polícia Militar (PM) foi acionada e compareceu ao imóvel do agente penitenciário. No local, contudo, os policiais encontraram somente o carro utilizado por Gilson e abordaram seu filho.
O jovem relatou que o pai e Johnny são vizinhos há vários anos e acumulam um histórico de desentendimentos, com registros de ameaças anteriores. Seriam, ao menos, dez anos de rixa.
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A tensão entre os dois teria começado quando, certa vez, Johnny acusou Gilson de cortar a fila também em um mercado. Desde então, o vizinho provoca e ameaça o pai constantemente, afirmou o filho de Gilson.
Ele afirmou ainda que o vizinho do pai seria “problemático”, com desavenças constantes na vizinhança, e disse acreditar que o agente atirou em legítima defesa.
A esposa de Gilson, que estava com ele no momento do incidente, também prestou depoimento à polícia. De acordo com a mulher, o vizinho teria voltado a provocar e ameaçar o marido durante as compras, afirmando inclusive que o mataria. Mesmo após ser contido por um segurança, Johnny teria continuado avançando na direção do agente penal, o que o revoltou.
Agente segue foragido
Desde o ocorrido, Gilson segue foragido sem apresentar sua versão dos fatos à polícia. No dia 19, o advogado dele, Jader Gaudencio da Silva Filho, compareceu à delegacia para entregar uma pistola 9mm, que supostamente teria sido utilizada pelo agente para a prática do crime.
A Polícia Civil investiga o caso e espera a apresentação do suspeito. O caso foi registrado como tentativa de homicídio.