Chefes do Comando Vermelho são transferidos para presídios federais

Chefes do Comando Vermelho são transferidos para presídios federais

Sete dos principais chefes do tráfico de drogas do Comando Vermelho (CV) começaram a ser transferidos, nesta quarta-feira (12/11), para presídios federais de segurança máxima em diferentes estados do país.

Os detentos estavam custodiados em Bangu 1, no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio de Janeiro, e foram levados sob forte esquema de escolta do Grupamento de Intervenção Tática (GIT) até a Base Aérea do Galeão, de onde embarcaram em aviões da Polícia Federal e da Força Aérea Brasileira.

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Medida para conter ataques

A operação foi autorizada pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio e atende a um pedido do Ministério da Justiça e da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap-RJ).

Segundo o governo do estado, a transferência foi determinada como estratégia para enfraquecer a comunicação entre a cúpula da facção e os demais integrantes.

O reforço na segurança ocorre após uma série de ataques e ações coordenadas por criminosos no estado, atribuídas ao Comando Vermelho.

Quem são os transferidos

De acordo com a Seap, os sete detentos ocupavam posições de liderança em áreas estratégicas do tráfico no Rio e em cidades do interior fluminense. São eles:

  • Roberto de Souza Brito, o Irmão Metralha — liderança no Complexo do Alemão;
  • Arnaldo da Silva Dias, o Naldinho — atua em Resende e é o administrador da “caixinha” (fundo financeiro) do CV;
  • Alexander de Jesus Carlos, o Choque ou Coroa — traficante do Complexo do Alemão;
  • Marco Antônio Pereira Firmino, o My Thor — ligado ao Morro Santo Amaro, integra a comissão da facção;
  • Fabrício de Melo de Jesus, o Bichinho — de Volta Redonda, também membro da comissão do CV;
  • Carlos Vinícius Lírio da Silva, o Cabeça — atua na comunidade do Sabão, em Niterói;
  • Eliezer Miranda Joaquim, o Criam — apontado como chefe do tráfico na Baixada Fluminense.

Destino e segurança máxima

Por motivos de segurança, o destino dos presos não foi divulgado. Eles serão distribuídos entre unidades federais de segurança máxima em estados diferentes, em que o regime de isolamento é rigoroso, com monitoramento constante e comunicação externa restrita.

A operação envolveu forças estaduais e federais e foi acompanhada por representantes do Ministério da Justiça e da Polícia Federal.

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Tags: comando vermelhoMirelle Pinheiro