Duda e Cristian Cravinhos viveram um romance homoafetivo na vida real, retratado na série “Tremembé”, baseada no livro de Ulisses Campbell. Em conversa exclusiva com a jornalista Patrícia Calderón, do portal LeoDias, Duda relembrou e revelou detalhes da relação. Os irmãos Cravinhos, ao lado de Suzane von Richthofen, foram presos pelo assassinato de Manfred e Marísia, pais de Suzane. Enquanto Duda foi encaminhado ao chamado “presídio dos famosos” aos 26 anos, após ser condenado por assalto à mão armada.
Inicialmente, o rapaz fez questão de destacar que, enquanto eles se relacionavam, Cravinhos não fazia uso de nenhum estimulante, e apontou que com a mulher dele, passou a usar.”O Cristian para se relacionar com a mulher dele fazia uso de Viagra, porque não tinha estimulo sexual. Comigo, ele nunca precisou usar, depois que ele fraturou o pênis. Vivemos tudo isso, e nunca contei pra ninguém”, começou. A fratura do pênis é retratada na série “Tremembé” após uma visita íntima de Cristian com Sherminne, sua ex-mulher.
Veja as fotosAbrir em tela cheia João Pedro Mariano como “Duda” em Tremembé e Duda na vida real Reprodução/TikTok/@victorhreis e Intagram/@cristian.cravinhos Reprodução Instagram: @ricardodudaoficial
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Ao longo da conversa, Duda contou que tudo foi muito intenso entre os dois no presídio, onde viviam 24 horas confinados, lado a lado. Ele ressaltou ainda que recebeu de Cristian a segurança de que precisava naquele ambiente, onde era o único gay assumido até então. “O Cristian sempre fez o papel de homem protetor pra mim. Ele era extremamente um Don Juan, me envolveu de uma forma que eu não queria nem mais saber de outra pessoa. Nossa relação se intensificou muito, até que os presos reclamaram da gente (já que é proibido relação íntima entre os presos homens) diferente da detenção feminina (onde Suzane e Sandrão puderam viver uma relação)”, detalhou Duda.
“Eu e o Cristian fomos separados de pavilhão, mas continuamos com os nossos encontros e vivemos a nossa história. A nossa vida sexual continuou ativa após a separação de ala. A gente transava na lavanderia, atrás da muralha, na sala de manutenção, eu trabalhava com ele no trator, um verdadeiro romance de adolescente”, continuou.
De acordo com Duda, os nove meses de relacionamento foram marcados por lealdade e cumplicidade, mesmo com ambos mantendo vínculos afetivos fora da penitenciária.
“Nós combinamos sobre a entrada e saída de ala íntima para encontrar com a mulher dele. Eu também não ia para a visita íntima. A ponto de ele me dar satisfação do encontro com a mulher, em ser obrigado a ter relações sexuais com ela. Eu virei e disse para ele nem entrar na cela com a roupa com que tinha se encontrado com a mulher dele. ‘Você vai viver a nossa história aqui, nossos 9 meses.’ Ele tinha crises de ciúmes, era extremamente ciumento. Por mais que hoje ele não assuma, sempre foi uma paixão avassaladora. Ele tocava violão para mim, colocava rosas debaixo do travesseiro, escrevia cartinhas para mim, comprava os cremes que queria que eu usasse, cuidou muito de mim”, relatou o ex-affair de Cristian Cravinhos.
Duda ainda relatou como sua amizade com Daniel Cravinhos começou: Daniel arrumou um armário para ele e, junto do irmão, o convidou a se mudar para o beliche ao lado deles, oferecendo uma espécie de proteção. Ao guardar seus pertences no armário cedido, Duda aproveitou para organizar o alojamento, que estava completamente bagunçado. Após uma noite no espaço, Cristian teria se deitado com Duda. “De forma muito natural, transamos pela primeira vez naquela noite”, finalizou.