Amair Feijoli da Cunha, conhecido pelo envolvimento no assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, voltou a ser condenado pela Justiça. Desta vez, a sentença, proferida pela Justiça Federal do Amazonas no último dia 10, é por crimes ambientais. Ele recebeu pena de 9 anos de prisão, mas poderá recorrer em liberdade.
De acordo com as investigações, Feijoli ocupou irregularmente terras públicas dentro da Floresta Estadual do Antimary, unidade de conservação administrada pelo Estado do Acre, além de manter outras duas áreas no município de Lábrea (AM). Durante o processo, ele chegou a ser preso.
Além dele, outras três pessoas também foram condenadas:
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Alexandre Alcântara Costa – 6 anos e 4 meses de prisão
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José Admir Ferreira – 12 anos e 9 meses de prisão
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Patrick Coutinho da Cunha (filho de Feijoli) – 12 anos e 8 meses de prisão
Segundo o advogado Danilo Gonçalves de Campos, que representa Feijoli e o filho, todos os condenados permanecerão em liberdade enquanto recorrem da decisão.
Feijoli, Ferreira e Patrick foram considerados culpados pelos crimes de invasão de terras públicas, desmatamento, falsidade ideológica ambiental e organização criminosa. Já Costa foi condenado por falsidade ideológica ambiental e organização criminosa.
O defensor reafirmou a inocência dos clientes e informou que buscará reverter a decisão:
“O cliente é inocente dos crimes imputados a ele. Aguardávamos há mais de um ano a sentença e agora ela veio, garantindo o direito de recorrer em liberdade e retirando medidas cautelares. O acusado afirma que todas as terras são documentadas, que jamais praticou desmatamento nas localidades e que nunca integrou organização criminosa. Buscaremos justiça para que ele seja absolvido de todas as acusações”, declarou o advogado.