Poucos momentos na cultura pop em 2025 são tão esperados quanto a estreia de “Wicked: For Good”, que chegará aos cinemas nesta quinta (20/11). E a espera faz jus ao que se vê na tela! Com menos magia e novidade que no primeiro filme, a sequência do musical é um final digno e tecnicamente impecável à história que já se tornou um marco na indústria.
Ao contrário do efeito que “Wicked: Parte 1” causou ao revolucionar a história das bruxas de Oz e angariar novos fãs no mundo todo, o segundo longa é mais uma experiência de fechamento para este momento em que Glinda e Elphaba estão em todo lugar. No Brasil, principalmente, com a montagem nacional no teatro sempre cheia.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Cena do filme “Wicked II”Reprodução / Universal Pictures BR Cena do filme “Wicked II”Reprodução / Universal Pictures BR Cena do filme “Wicked II”Reprodução / Universal Pictures BR Cena do filme “Wicked II”Reprodução / Universal Pictures BR Cena do filme “Wicked II”Reprodução / Universal Pictures BR Cena do filme “Wicked II”Reprodução / Universal Pictures BR Cena do filme “Wicked II”Reprodução / Universal Pictures BR Cena do filme “Wicked II”Reprodução / Universal Pictures BR Cena do filme “Wicked II”Reprodução / Universal Pictures BR Cena do filme “Wicked II”Reprodução / Universal Pictures BR
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A história pega o ponto de partida em que Elphaba (Cynthia Erivo) já é persona non grata em Oz e foge em busca de arquitetar um plano para derrubar o Mágico, após sua farsa ser descoberta pela protagonista. O foco do filme, porém, é em Glinda (Ariana Grande), que percorre uma jornada dramática mais densa e é quem acaba vitoriosa no fim.
A interação entre as duas atrizes cotadas para o Oscar é, mais uma vez, primorosa. Você vai rir, vai chorar, vai se identificar e cantar junto em todos os momentos. Para Ariana, uma estrelinha a mais, de quem vai competir forte nas temporadas de premiação pelo papel de atriz coadjuvante.
Os números musicais, por outro lado, são mais isolados e menos arrebatadores do que no primeiro longa. A canção que dá nome ao filme, “For Good”, é a mais impactante. Já as originais pensadas justamente para o cinema, “No Place Like Home” e “The Girl in the Bubble”, decepcionam pela falta de força.
Dentre as outras estrelas presentes no longa, Jonathan Bailey e Michelle Yeoh roubam a cena como Fiyero e Madame Morrible, respectivamente, além de Jeff Goldblum como o Mágico de Oz.
No teatro, o segundo ato de “Wicked” é conhecido por ser corrido e ter um desenrolar bem “pra lá e pra cá”, com uma mudança constante de cenário e os personagens em longos deslocamentos. Na Broadway, esta parte dura cerca de uma hora. Em “Wicked: For Good”, com 2h17, essa noção repetiu-se, por incrível que pareça.
O drama adicional proporciona um maior desenrolar e contexto, sobretudo no começo do filme. Há uma cena tocante de Elphaba conversando com os animais, que dá a real noção do problema que o Mágico de Oz está causando. Porém, o final segue atropelado, exceto pelas cenas dramáticas de Glinda.
A mensagem do musical nunca foi muito direta, mas sempre compreensível. No longa, essa delicadeza se repete. O intuito da história não é ensinar, apesar de “Wicked” ser uma verdadeira escola.
Para as questões técnicas, “Wicked: For Good” é, novamente, excelente. Os efeitos especiais e cenários épicos soam como uma fantasia nerd, enquanto os cabelos e maquiagens exalam capricho e acabamentos bem pensados.
No mais, a segunda parte da adaptação é um convite a uma experiência coletiva. Se você tem a sorte de ter amigos fãs da história, busque ir ao cinema acompanhado. A catarse da história e a emoção, neste filme, é aquela que é bem mais gostosa compartilhada. E promete calar fundo!
Como um longa por si só, “Wicked: For Good” não impressiona, mas passa longe de fazer feio. Em junção com o primeiro filme – e com o contexto destes últimos anos de uma “wickedmania”-, a história é um verdadeiro marco na cultura pop.
Já registrado na história com grandes feitos na bilheteria e nas premiações com indicações e vitórias, a adaptação de “Wicked” ganhou um significado intangível, que poucas produções conseguem alcançar: um fenômeno. Para os próximos lançamentos, a jornada de Elphaba e Glinda tornou-se um sarrafo. E está bem alto.
Nota: 8,0