Defesa de Bolsonaro nega infração e diz que não houve contato com celular de Nikolas Ferreira

Defesa de Bolsonaro nega infração e diz que não houve contato com celular de Nikolas Ferreira

A equipe jurídica de Jair Bolsonaro enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma nova manifestação em que garante que o ex-presidente não utilizou e nem sequer teria olhado o celular manuseado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL/MG) durante uma visita realizada no dia 21 de novembro. O pedido de esclarecimentos foi feito depois que imagens captadas por um drone da Globo mostraram o parlamentar mexendo em um aparelho na presença do ex-chefe do Executivo.

Segundo os advogados, o encontro se deu na área externa da residência onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar, espaço que é constantemente monitorado pela Polícia Penal e autorizada pelo STF para utilização. A defesa afirma que a própria gravação divulgada pela imprensa comprova que a reunião ocorreu de forma transparente e dentro das regras estabelecidas.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Imagens da Globo mostram Nikolas Ferreira com um celular na mão enquanto conversava com Jair BolsonaroReprodução: Globo Tornozeleira de Jair Bolsonaro danificadaReprodução: CIME “Máxima humilhação” Bolsonaro mostra tornozeleira e protesta na CâmaraReprodução: X Nikolas Ferreira (PL/MG)Reprodução: Câmara dos Deputados Bolsonaro exibe sua tornozeleira eletrônica, que usa a mando de MoraesReprodução: X

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A intimação de Moraes solicitou que os representantes de Bolsonaro detalhassem se houve descumprimento das restrições impostas, entre elas a proibição absoluta de uso de celular. Em resposta, os advogados argumentaram que ele não manuseou e nem olhou o aparelho de Nikolas, reforçando que todas as medidas cautelares foram respeitadas ao longo de todo o período da prisão domiciliar. “Tratou-se, inequivocamente, de encontro realizado às claras, tanto que foi possível sua gravação veiculada no Jornal Nacional, onde se constata que o peticionário cumpria à exatidão a determinação de vossa excelência, sem uso ou mesmo contato visual com o aparelho celular do deputado federal”, escreveram os advogados.

A defesa também ressaltou que a interação captada pelo drone não configuraria irregularidade. Para os advogados, a posição do parlamentar e a própria dinâmica da conversa indicariam que Bolsonaro não teve participação no uso do telefone.

No último domingo (23/11), Nikolas Ferreira publicou uma nota afirmando que não recebeu qualquer orientação sobre restrições ao uso do celular durante a visita. Segundo ele, nem o Judiciário nem os agentes responsáveis pela fiscalização informaram limitações específicas antes do encontro. Sua visita ocorreu um dia antes da prisão preventiva de Bolsonaro. O ex-presidente foi detido após a PF apontar risco de fuga e identificar que ele tentou romper a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. A violação do equipamento ocorreu poucas horas após o encontro.

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