Na última semana, o Atlético-MG tomou a dianteira e anunciou que deixaria o a Libra, liga de clubes composta por equipes como Flamengo, Palmeiras e São Paulo que negocia direitos de transmissão do Brasileirão de forma conjunta, e migraria para a Liga Forte União, liderada por clubes como Corinthians, Fluminense, Cruzeiro e Internacional. No entanto, na última terça-feira (4/11), uma decisão do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) impediu que novas adesões de clubes fossem feitas tanto na Libra como na LFU. O fato impactou diretamente os planos do Galo, impedido, neste momento, de migrar de Liga. O Portal LeoDias Esportes explica o que isso, na prática, afeta o clube mineiro e as ligas.
Afeta o contrato do Atlético-MG com a Globo?
Não. Aliás, nem a migração do Atlético-MG para a LFU, que distribuiu os direitos de transmissão do Brasileirão entre diferentes emissoras (Record, Globo, Prime Video e CazéTV), uma vez que o Galo e todos os clubes que compunham a Libra no fim de 2024 já assinaram vínculo de exclusividade de direitos de transmissão por parte da Globo (TV aberta, fechada, streaming e pay per view).
O Atlético-MG e todos os clubes que assinaram com a Globo através da Libra (Palmeiras, Flamengo, São Paulo, Grêmio, Santos, Bahia, Vitória e Red Bull Bragantino) possuem contratos até o fim de 2029 e, independentemente de possíveis migrações de Ligas ou unificação entre Libra e LFU, os clubes deverão cumprir os vínculos. O mesmo é válido para as equipes que compõe o bloco da LFU.
Veja as fotosAbrir em tela cheia As ligas Libra e LFUReprodução Dudu, com duas assistências, foi outro destaque da partida.Pedro Souza/Atlético-MG A LFU negou as alegações do CADE.Reprodução/LFU Jogadores do Atlético celebram a classificação para a final continental.Pedro Souza/Atlético-MG A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) se pronunciou sobre as falas racistas de Alejandro Domínguez. Flamengo é o único a não assinar a nota.Reprodução
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Agora, em qual Liga o Atlético-MG está?
No momento, o Atlético-MG segue como membro da Libra, uma vez que o processo de desfiliação não foi oficializado. O mesmo vale para o Vitória, que também havia anunciado a saída da Libra e a migração para a LFU.
Com isso, os dois clubes seguem como membros ativos da Libra e com peso decisório em movimentações futuras da Liga.
Entenda por que o CADE impediu expansão da LFU e da Libra
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu um duro recado ao futebol brasileiro. O órgão, que é ligado ao Ministério da Justiça e responsável por evitar abusos econômicos e monopólios, determinou a suspensão imediata das atividades de expansão das duas principais ligas do país: a Liga Forte União (LFU) e a Libra (Liga do Futebol Brasileiro).
Segundo o Cade, há fortes indícios de que as duas entidades fizeram acordos e firmaram contratos sem autorização prévia do órgão, o que é considerado uma infração grave na lei brasileira de defesa da concorrência. Esse tipo de conduta é conhecido como gun jumping, expressão usada quando empresas (ou, neste caso, clubes e investidores) se unem ou fecham negócios antes de receber o aval oficial do governo.
As decisões, registradas nos Despachos nº 85 e nº 86/2025, foram assinadas pelo conselheiro Victor Oliveira Fernandes, que impôs medidas preventivas e multas diárias de R$ 50 mil para cada descumprimento.
O Cade abriu o processo depois de receber denúncias de que as duas ligas estavam negociando coletivamente os direitos de transmissão dos campeonatos das Séries A e B, com grandes investidores como Life Capital Partners, XP Investimentos e Sports Media Entertainment, sem o aval obrigatório do órgão.
No caso da Liga Forte União, a investigação revelou que, mesmo após o início do procedimento, os clubes continuaram fechando novos acordos. Um dos exemplos citados é o Esporte Clube Vitória, que em setembro de 2025 deixou a Libra e aderiu à LFU após vender 15% de seus direitos comerciais até 2074.
O Cade também destacou a postura do Atlético Mineiro, que voltou à Liga Forte União em 28 de outubro, mesmo dia em que pediu mais prazo para responder aos questionamentos do órgão. A decisão classificou essas ações como “postura processual que negligencia as advertências expressas do Cade”.
A Liga Forte União (LFU) se pronunciou, nesta terça-feira (4/11), sobre a punição aplicada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). O órgão, responsável por evitar abusos econômicos e monopólios e ligado ao Ministério da Justiça, determinou a suspensão imediata das atividades de expansão do grupo e da Libra (Liga do Futebol Brasileiro).
Em nota, a associação futebolística negou as alegações registradas nos Despachos nº 85 e nº 86/2025, que indicam que as entidades tenham feito acordos e firmaram contratos sem autorização prévia do órgão: “A LFU reitera que sempre agiu, e continuará a agir, com respeito ao CADE e de acordo com as leis brasileiras”, inicia.
Clubes por Liga
LFU:
Série A (13): Atlético-MG* ,Botafogo, Ceará, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude, Mirassol, Sport, Vasco e Vitória*;
Série B (16): Amazonas, América-MG, Athletic Club, Athletico-PR, Atlético-GO, Avaí, Botafogo-SP, Chapecoense, Coritiba, CRB, Criciúma, Cuiabá, Goiás, Novorizontino, Operário-PR e Vila Nova;
Série C (6): CSA, Figueirense, Ituano, Londrina, Ponte Preta, Tombense.
*Acordos paralisados pelo Cade. O Vitória deixa a Libra e se junta à LFU em 2030.
Libra:
Série A (7): Bahia, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo, Santos, Vitória
Série B (4): Ferroviária, Paysandu, Remo e Volta Redonda
Série C (2): Brusque e Guarani
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