De volta ao Brasil após 19 anos, Alfonso “Poncho” Herrera trocou os palcos e câmeras por uma missão de impacto global. O ator mexicano, mundialmente conhecido por interpretar Miguel na novela “Rebelde”, participa da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, no Pará, como embaixador da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Sua meta: dar visibilidade aos milhões de deslocados pela combinação entre conflitos e catástrofes ambientais.
Durante a conferência, Herrera se emocionou ao encontrar jovens ativistas e falou sobre a importância de ampliar o debate. “Me emociona muito estar em um auditório com 250 pessoas tentando plantar uma semente importante, algo mais do que apenas um estádio lotado”, afirmou em entrevista ao portal G1, lembrando que os refugiados enfrentam o que chamou de “dupla vulnerabilidade”: a de quem foge da guerra e, ao mesmo tempo, sofre os efeitos das mudanças climáticas.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Herrera participa da COP30 para dar voz a refugiados, por meio de seu trabalho como embaixador da ACNURReprodução: Instagram/@ponchohd Herrera participa da COP30 para dar voz a refugiados, por meio de seu trabalho como embaixador da ACNURReprodução: Instagram/@ponchohd Herrera participa da COP30 para dar voz a refugiados, por meio de seu trabalho como embaixador da ACNURReprodução: Instagram/@ponchohd Alfonso Herrera no Brasil, em registro da ACNURReprodução: Instagram/@refugees Alfonso Herrera no Brasil, em registro da ACNURReprodução: Instagram/@refugees
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Herrera atua junto ao ACNUR desde 2020 e já visitou comunidades afetadas em países como Uganda e Ucrânia. Ele afirmou que mais de 117 milhões de pessoas vivem em deslocamento forçado, e três quartos delas enfrentam impactos diretos da crise climática. “Quero dar voz aos refugiados, pessoas que estão em uma situação de vulnerabilidade tremenda, […] que quando combinada com a crise climática, é uma dupla vulnerabilidade”, disse.
O ator destacou que países do Sul Global, como Brasil e Honduras, estão entre os mais prejudicados pela emergência ambiental. Para ele, a COP30 é uma oportunidade de incluir os refugiados nas políticas públicas e nas conversas internacionais sobre sustentabilidade e justiça climática. “Integrar essas vozes e garantir que elas sejam incorporadas às políticas internas dos países, e que sejam levadas em consideração, para que essas pessoas possam ter um futuro mais promissor, com assistência jurídica, educação e trabalho digno”, reforçou.
Além de palestrar em painéis e encontros com autoridades, Herrera também se encontrou com grupos de refugiados e representantes da ONU. Ele citou o exemplo de Pins, jovem congolês de 16 anos que conheceu em Uganda: “Ele disse que os refugiados são ouro, porque querem retribuir aos países anfitriões tudo o que fizeram por eles”. Ainda segundo Herrera, a ajuda humanitária enfrenta cortes e desafios financeiros, mas há soluções criativas para manter o apoio e doações.
A passagem de Herrera por Belém também trouxe nostalgia e emoção. Recebido com entusiasmo por fãs, o ex-RBD relembrou a última vez que esteve no país, ainda em turnê com o grupo musical. “O calor e o carinho do povo brasileiro são incríveis, e é algo que sempre valorizei”, declarou.
Aos 42 anos, o artista acumula uma carreira diversa, de telenovelas mexicanas à séries de sucesso, como “Sense8” e “Ozark”, da Netflix. Porém, hoje ele se define menos por seus papéis e mais por sua voz como ativista.