Em um Flamengo que carrega para a final da Libertadores uma soma de objetivos, como a revanche pela decisão perdida em 2021, a busca pelo tetracampeonato inédito entre clubes brasileiros e a missão de reafirmar sua força continental, Bruno Henrique chega ao Monumental “U”, em Lima, com um capítulo próprio em aberto. A poucas horas da bola rolar neste sábado (29/11), o atacante carrega a possibilidade de transformar a decisão contra o Palmeiras em uma marca pessoal inédita e histórica: marcar pela primeira vez contra o rival paulista e se juntar a Zico e Gabigol como jogadores que balançaram a rede em final de Libertadores pelo Rubro-Negro.
Depois de retomar a titularidade com Filipe Luís e apresentar crescimento constante na reta final da temporada, Bruno Henrique volta a ganhar papel de protagonista. A ausência de Pedro, ainda em recuperação da lesão na coxa esquerda, e a suspensão de Gonzalo Plata colocam o camisa 27 como referência ofensiva, repetindo função exercida em vários jogos de 2024. Experiência também não lhe falta: desde que chegou ao clube, em 2019, disputou três finais de Libertadores e conquistou duas, vivendo jornadas decisivas sobretudo na campanha de estreia, quando se firmou como um dos nomes mais influentes da equipe.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Bruno Henrique empatou a partida, já nos acréscimos.Adriano Fontes/Flamengo O atleta segue atuando sob efeito suspensivo.Reprodução/@b.henrique STJD marca nova data de julgamento do atacante Bruno Henrique, do FlamengoFOTOS: GILVAN DE SOUZA/FLAMENGO
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Hoje, além da chance de se aproximar dos grandes ídolos da história rubro-negra, Bruno Henrique enfrenta a oportunidade de superar um dos raros tabus da sua passagem pelo Flamengo. Em 10 duelos contra o Palmeiras, ele nunca marcou gol, embora tenha dado três assistências e mantenha retrospecto positivo, com seis vitórias, três empates e apenas uma derrota, justamente a decisão continental de 2021, em Montevidéu. Marcar na final deste sábado significaria não apenas colocar fim ao jejum, mas transformar o feito em um lance decisivo de alto impacto esportivo e simbólico.
O momento recente também reforça essa expectativa. Livre da acusação de envolvimento em esquema de apostas — caso que gerou suspensão temporária e interferiu em sua regularidade no primeiro semestre —, Bruno Henrique reagiu imediatamente após o julgamento e marcou em três dos quatro jogos seguintes. Em 2024, soma 15 gols em 56 partidas, números que representam sua melhor marca desde 2021, quando anotou 20 tentos. Em duas temporadas anteriores, sequer alcançara a marca de dez. Com isso, chega à final na fase mais eficiente dos últimos anos, somando ainda 110 gols e 58 assistências em 336 atuações pelo Flamengo.
Reabilitado física e tecnicamente, e com vínculo garantido até o fim de 2026, o camisa 27 tenta reeditar a explosão de seu primeiro ano no clube. À época, viveu temporada considerada mágica, elevou o patamar do time e foi decisivo na conquista simultânea do Brasileirão e da Libertadores. Parte da espinha dorsal remanescente daquele ciclo, ao lado de Arrascaeta, Bruno Henrique chega novamente ao momento derradeiro como um dos jogadores mais vitoriosos da história rubro-negra e peça central para o esquema de Filipe Luís.
A expectativa em torno de seu desempenho aumenta diante do contexto da partida: Flamengo e Palmeiras se enfrentam às 18h (de Brasília), no estádio Monumental “U”, em Lima, com transmissão de Globo, ge tv, ESPN, Disney+ e Paramount+. O jogo será apitado por Dario Herrera, com equipe de arbitragem argentina tanto em campo quanto no VAR. Em um cenário que mistura aspirações coletivas e metas individuais, Bruno Henrique entra em campo com a chance de transformar essa final em mais um capítulo decisivo de sua trajetória.
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