Flamengo quer incluir fim do gramado sintético no debate de fair play financeiro. Entenda!

Flamengo quer incluir fim do gramado sintético no debate de fair play financeiro. Entenda!

O Flamengo comunicou, por meio de nota enviada à imprensa nesta segunda-feira (10/11), uma lista de sugestões enviadas a comissão formada pela CBF para a discussão da implementação do fair play financeiro no futebol brasileiro. Entre todas as sugestões, uma chamou a atenção: o a proibição do gramado sintético, que, segundo o rubro-negro, traz “desequilíbrio financeiro e riscos à saúde dos atletas”.

O rubro-negro cita “discrepâncias” nos custos de manutenção que gramados de “plástico” têm em comparação com gramados naturais, e que causa desequilíbrios financeiros entre clubes. O clube também cita possíveis riscos à saúde física dos atletas.

“Proibição de Gramados Artificiais: os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas”, disse o clube em nota

Flamengo também sugere punições mais rígidas e fim de “brechas contábeis”
Entre outras sugestões feitas pelo clube, estão o bloqueio de registro de atletas e punições esportivas a clubes que não cumprirem pagamento de dívidas, o fim de “brechas contábeis” nos balanços financeiros, um sistema de classificação que permite “manobras” financeiras para clubes que possuem melhor gestão e entre outras sugestões.

Veja as fotosAbrir em tela cheia A Arena MRV, estádio do Atlético-MG, é um dos gramados sintéticos do país.Pedro Souza/Atlético Allianz Parque é um dos estádios que utiliza grama sintética no Brasil / Reprodução Allianz Parque e Estádio Nilton Santos são palcos de grande shows / Reprodução Allianz Parque (Reprodução)

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A CBF tem discussões avançadas para começar a implementar o modelo de fair play financeiro a partir de 2026. O modelo se inspira em competições europeias a fim de criar regras que impossibilitem clubes com saúde financeira debilitada façam investimentos que estão fora de suas realidades e que não cumpram com pagamento de dívidas e demais compromissos financeiros.

Em outros países, este modelo permite que clubes sejam punidos esportivamente em caso de quebra das regras, como desclassificação de competições, perda de pontos no campeonato brasileiro e, em casos mais graves, rebaixamento para divisões inferiores.

No entanto, o fair play financeiro deverá ser implementado de forma escalonada no Brasil, a fim de dar tempo para clubes se adaptarem as novas regras.

Leia a nota oficial publicada pelo Flamengo
“O Clube de Regatas do Flamengo vem participando ativamente das discussões sobre o Sistema de Sustentabilidade do Futebol (SSF), um modelo brasileiro de Fair Play Financeiro, conduzidas pela comissão instituída pela CBF.

Com o intuito de contribuir para o aprimoramento das práticas de governança e sustentabilidade no futebol brasileiro, o Flamengo enviou, por escrito, sua posição detalhada à comissão responsável. O compromisso do Flamengo transcende os números, dedicando-se ao esporte, à competição justa e a um Fair Play que represente os verdadeiros princípios do futebol.

Algumas propostas apresentadas pelo Clube:

Tratamento de clubes em RJ/REJ: impedir que clubes utilizem o período de não pagamento de dívidas (entre a decretação da RJ/REJ e a homologação do acordo) como vantagem competitiva, bloqueando o registro de novos atletas neste período e perda de pontos.
Definição ampla de custos: controlar não apenas a “folha salarial” (CLT), mas também o custo total do elenco, incluindo direitos de imagem, luvas, bônus, comissões de agentes e impostos.
Bloqueio de brechas contábeis: impedir que custos do futebol profissional masculino sejam “maquiados” como investimentos em categorias de base ou em futebol feminino por meio de rateios fictícios.
Controle de caixa mínimo: Implementar indicadores antecedentes, como a necessidade de capital de giro saudável, para prevenir crises de liquidez.
Transações com partes relacionadas: desconsiderar ou limitar transações entre partes relacionadas (ex.: clube e empresa do mesmo dono) que possam inflar as receitas ou ocultar os custos. Aportes de capitais, por exemplo, não devem ser contabilizados como receita recorrente.
Uso de ratings: adotar um sistema de classificação (como o utilizado por consultorias especializadas), no qual clubes com melhor gestão (classificação elevada) tenham mais margem de manobra, criando um incentivo à boa governança.
Sanções eficazes: focar as sanções na restrição de janelas de transferência, e que estas sejam cumpridas integralmente, mesmo que a causa da punição seja sanada, para desestimular a procrastinação.
Implementação do “Teste de Proprietários e Dirigentes”: criação de uma avaliação composta por regras e critérios para determinar se os novos (ou potenciais) proprietários e dirigentes de um clube são aptos para o cargo. O objetivo é proteger a imagem e a integridade da competição e dos clubes, assegurando que os indivíduos que gerenciam ou adquiriram clubes sejam confiáveis e tenham capacidade financeira comprovada.
Exequibilidade Efetiva do Sistema: implementar uma governança aparelhada para executar punições automáticas, com base em dados factuais e financeiros, incluindo a aplicação de punições e restrições.
Proibição de Gramados Artificiais: os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas.

O Clube de Regatas do Flamengo continuará participando da elaboração e execução do Sistema de Sustentabilidade do Futebol (SSF), conforme a proposta da Confederação Brasileira de Futebol, e já cumprimenta a entidade pela louvável iniciativa.”

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