Visivelmente indignado, o parlamentar destacou que o documento revela um rombo de aproximadamente R$ 1 milhão e que os custos de diversos procedimentos ultrapassaram em muito os limites estabelecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Maia citou diretamente o caso que mais chamou atenção dos auditores: uma cirurgia de hérnia, que pela tabela SUS custa R$ 419,00, mas que foi paga pelo município por R$ 8.029,00.
“Estão zombando da população?”, questionou o vereador.
Francisco Maia ressaltou ainda que o relatório aponta situações em que os pagamentos chegaram a alcançar 1.829% acima da tabela, algo classificado por ele como “inacreditável” e “um desrespeito ao dinheiro público”.
Durante seu pronunciamento, o vereador afirmou que os achados da CGU confirmam aquilo que, segundo ele, “sempre foi dito pelo atual prefeito Gerlen Diniz”:
“Existia realmente uma quadrilha na gestão passada.”
Maia afirmou que o caso deve ser tratado com seriedade e cobrou providências imediatas das autoridades competentes. Ele também reforçou que a população de Sena Madureira precisa saber como recursos federais, destinados originalmente a obras e melhorias estruturais, foram usados para pagar cirurgias com valores que ele classificou como “absurdos e criminosos”.
O relatório da CGU já foi encaminhado ao Ministério Público Federal, que deve analisar o caso e decidir se abre investigação formal sobre o superfaturamento e o possível desvio de finalidade dos recursos.