O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil/SP) rebateu as acusações de racismo feitas pela deputada Célia Xakriabá (PSOL/MG), após um embate ocorrido em sessão sobre o projeto de licenciamento ambiental. Em entrevista ao portal LeoDias nesta terça-feira (4/11), Kataguiri afirmou que foi vítima de um “ataque xenófobo” e que apenas reagiu à provocação.
Na época que o caso estourou, os parlamentares discutiam um projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental. De acordo com Kataguiri, ele foi o relator do projeto durante 2 anos e, por isso, tem conhecimento sobre o assunto: “Eu citei o fato de que existe pagamento que deveria ser feito para o meio ambiente, que é feito indevidamente por abusos”.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Célia Xakriabá aciona MPF e Conselho de Ética contra Kim Kataguiri após fala na CâmaraReprodução: Câmara dos Deputados Deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil/SP) em entrevista ao portal LeoDiasReprodução: Portal LeoDias Bate-boca entre Xakriabá e Kataguiri paralisa sessão e exige ação da Polícia LegislativaReprodução/Câmara dos Deputados Plenário Câmara dos DeputadosReprodução: Câmara dos Deputados Parlamentares acionam MPF e pedem retirada de músicas de Poze do Rodo e Oruam por apologia ao crimeReprodução: Câmara dos Deputados
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A confusão começou quando Kataguiri mencionou supostos abusos em indenizações relacionadas à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, bacia do Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no Pará, o que teria irritado a deputada indígena. “Me chamou de deputado estrangeiro, disse que eu não teria o direito de opinar sobre questões do Brasil porque eu não era daqui, o que primeiro é mentira, é ridículo. Nasci aqui, sou neto de japoneses, sou mestiço; minha mãe é paraense, tenho todo o direito como deputado eleito pelo estado de São Paulo – inclusive, com muito mais votos do que ela – de representar a população brasileira. E aí, eu defendi a minha honra e a honra da minha família, dizendo: ‘Olha, eu nasci aqui, mas, uma coisa que é estrangeiro’ – e na ocasião ela usava ali um cocar de pavão – eu disse: ‘Olha, a ave estrangeira é o pavão que é lá da terra dos meus ancestrais, da região da Ásia, não tem nada a ver com o povo originário do Brasil, mas tem gente que gosta de fazer cosplay”.
A representação movida pelo PSOL está sendo analisada pelo Conselho de Ética da Câmara, e o deputado afirmou estar confiante em um resultado favorável. Segundo ele, a maioria dos colegas reconheceu que houve uma “reação a uma agressão injusta”. “Eu tô muito confiante de que nessa votação, essa representação ridícula vai ser derrotada”, completou. A votação sobre o caso está prevista para esta terça-feira (4/11).
A troca de provocações incluiu acusações de racismo e críticas simbólicas e acabou exigindo a presença da Polícia Legislativa para conter os ânimos exaltados entre os deputados.