Cerca de 588,7 milhões de adultos, entre 20 e 79 anos, vivem com diabetes no mundo, segundo a Federação Internacional de Diabetes. O Brasil ocupa o 5º lugar entre os países com mais pacientes afetados pela condição. A doença, que age de forma silenciosa, pode causar danos graves a órgãos e membros do corpo, como rins, olhos, pernas e pés.
Uma pesquisa realizada pelo Vozes do Advocacy revelou a falta de informação ainda existente sobre a doença. Cerca de 30% das pessoas com diabetes estão com descontrole da glicemia, e 47% dos pacientes não sabem nem o que é a hemoglobina glicada, exame que é de extrema importância, pois apresenta os cuidados com a saúde dos últimos três meses.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Medidor de glicoseReprodução convivendocomdiabetes.com Especialista esclarece dúvidas sobre o diabetes, doença que afeta mais de 16 milhões de brasileirosFoto: Divulgação Mattel lança Barbie com diabetes tipo 1Divulgação/Mattel Especialista esclarece dúvidas sobre o diabetes, doença que afeta mais de 16 milhões de brasileirosFoto: Divulgação Saiba como cuidar da taxa glicêmicaDivulgação
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Com esses dados, foi constatado que 27% das pessoas têm retinopatia diabética, alteração da retina que pode levar à cegueira; 32% têm neuropatia diabética; 25% têm doenças cardiovasculares; 23% têm disfunções sexuais; 10% têm nefropatia diabética; 4% já sofreram alguma amputação; e 10% apresentam feridas nos pés.
Vale ressaltar que as consultas periódicas com o endocrinologista, médico especialista em diabetes, devem ocorrer a cada três meses. No entanto, de acordo com a pesquisa, a demora para o atendimento no SISREG (Sistema Nacional de Regulação), sistema web gratuito do Ministério da Saúde para gerenciar o acesso aos serviços de saúde do SUS, vem crescendo, e a realidade está cada vez mais distante disso.
Dia Mundial do Diabetes:
Segundo informações do Ministério da Saúde, a data celebrada em 14 de novembro foi criada em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo é reforçar a conscientização sobre a doença, principalmente para evidenciar a importância da prevenção em pacientes com a condição.
O que é o diabetes?
Quando uma pessoa tem diabetes, ocorre um déficit na metabolização dos carboidratos. Os quadros de hiperglicemia são caracterizados por taxas elevadas de açúcar no sangue de forma persistente, condição que pode provocar danos a órgãos, vasos sanguíneos e nervos.
O diabetes pode causar aumento da glicemia, e essas altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e no cérebro. Em casos mais graves, a doença pode levar à morte.
O diabetes pode ser classificado em alguns tipos. Confira, detalhadamente, os principais, de acordo com o Ministério da Saúde:
Tipo 1: o próprio sistema imunológico da pessoa ataca e destrói as células produtoras de insulina. Ocorre com mais frequência em jovens e crianças. Por esse motivo, o diagnóstico costuma ser feito na infância ou adolescência.
Tipo 2: caracterizado por resistência à insulina e deficiência parcial de secreção de insulina pelas células pancreáticas, além de alterações na secreção. Esse tipo ocorre em cerca de 90% das pessoas com diabetes, sendo frequentemente associado à obesidade e ao envelhecimento.
Diabetes gestacional: decorrente das mudanças hormonais, a ação da insulina pode ser reduzida durante a gestação. Essa é uma condição que não persiste após o parto, diferente do diabetes mellitus diagnosticado na gestação — nesse caso, a descoberta do diabetes mellitus é feita de forma oportuna durante a gestação, e a condição persiste após o parto.
Pré-diabetes: condição identificada pelo nível de açúcar no sangue acima do normal, mas não suficiente para ser diagnosticado como diabetes. Serve como alerta, pois indica um alto risco de progressão da doença.