Um ribeirinho com formação em biologia relatou a grande quantidade de urubus se alimentando de carcaças de peixes e arraias ao longo das margens do Rio Iaco, entre a região de Nova Olinda e Sena Madureira. Segundo ele, desde a rápida elevação do nível do rio, ocorrida nos últimos dias, a cena de animais mortos e o forte odor tem sido constante.
De acordo com o relato, a principal causa da mortandade seria o acúmulo de sedimentos uma lama fina e homogênea provocado pela subida brusca das águas. O fenômeno teria deixado o rio extremamente turvo, prejudicando diretamente a respiração branquial dos peixes, que não conseguem retirar oxigênio suficiente da água para sobreviver.
“Sedimento nada mais é do que barro, essa lama fina que a gente vê cobrindo as margens. Com a água muito rápida e barrenta, os peixes de grande, médio e pequeno porte não conseguem fazer a respiração adequada”, explicou.
O ribeirinho descarta a hipótese de choque térmico, explicando que esse fenômeno ocorre quando há uma queda repentina da temperatura da água — algo que não foi observado no Rio Iaco.
Ele também afirmou ter recebido relatos de peixes e arraias tentando entrar em igarapés de água limpa, o que reforça a teoria de que os animais buscavam ambientes com melhores condições para respirar.
As margens do rio, segundo ele, estão completamente cobertas por lama, o que comprova o nível elevado de turbidez. “É muita lama, água muito turva. Isso causou essa mortalidade que estamos vendo. Os peixes simplesmente não conseguem respirar”, concluiu.
O fenômeno segue preocupando ribeirinhos e moradores, que afirmam nunca ter visto um cenário tão severo na região. Se quiser, posso produzir também título, subtítulo ou complementar a matéria com informações ambientais.