No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, o Globoplay estreia o documentário “Neguinho da Beija-Flor – Soberano da Avenida”, uma homenagem à trajetória de um dos maiores nomes do samba e do Carnaval brasileiro. Com direção de Jorge Espírito Santo e produção de José Junior, a obra é fruto de uma parceria entre Globoplay, AfroReggae Audiovisual e Formata.
Com mais de 50 anos dedicados à música e à folia, Neguinho da Beija-Flor virou sinônimo de Carnaval. O documentário mergulha em sua história — das origens humildes ao estrelato, sem perder o chão nem a identidade. O artista relembra conselhos do pai, também músico, que marcaram sua postura diante da fama: “No seu melhor momento na música, nunca esqueça que você é Luiz Antônio”, disse o pai. E foi assim, como Luiz Antônio Feliciano Marcondes, que Neguinho construiu seu império na avenida — sempre fiel às suas raízes.
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A produção traz imagens raras, registros pessoais e depoimentos de familiares, amigos, artistas e jornalistas. Não é apenas uma biografia; é um retrato afetivo e histórico de um homem que se tornou referência para várias gerações de sambistas e artistas negros.
José Junior descreve a série como “a saga de um herói” — alguém que sai de casa, enfrenta adversidades (inclusive morando num chiqueiro de porco, como revela o documentário) e conquista o topo. Já o diretor Jorge Espírito Santo reforça: “Neguinho não tem dimensão do tamanho e da importância que representa, não só para o Carnaval, não só para a Beija-Flor, mas para a música brasileira”.
Com seu sorriso largo, Neguinho confessa que ficou surpreso com a homenagem: “Será que estou com essa bola toda?!”. Está. E faz tempo. O documentário é apenas mais um capítulo — merecido — da história de um artista que se confunde com a própria avenida.