Presidente do INSS pede saída de diretora apontada como próxima de Stefanutto, que foi detido pela PF

Presidente do INSS pede saída de diretora apontada como próxima de Stefanutto, que foi detido pela PF

Uma nova tensão tomou conta do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em meio às investigações sobre fraudes em benefícios previdenciários. O presidente da autarquia, Gilberto Waller, encaminhou ao Ministério da Previdência nesta quarta-feira (19/11) um pedido para que a diretora Léa Bressy Amorim seja retirada das funções de chefia, inclusive da posição de substituta oficial da Presidência quando ele se ausenta.

O movimento ocorre dias após a prisão do ex-presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, detido pela Polícia Federal (PF) na mais recente etapa da Operação Sem Desconto, que apura um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Previdência SocialFoto: Moisés Stuker/NDTV Gilberto Waller Júnior, presidente do INSSFoto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados Ex-presidente do INSS Alessandro StefanuttoReprodução: Senado Federal CPMI do INSSFoto: Saulo Cruz/Agência Senado Aplicativo Meu INSSFoto: Pedro França/Agência Senado

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No despacho, Waller argumenta que Léa mantém uma “proximidade pessoal” com Stefanutto; relação que, segundo ele, já havia sido mencionada inclusive na CPMI que investiga as irregularidades. Para o presidente do órgão, manter a diretora em cargos de comando poderia comprometer a credibilidade do INSS no momento em que o instituto tenta demonstrar total colaboração com as apurações.

Léa é servidora de carreira e chefia a área de Tecnologia da Informação, setor responsável pelos sistemas que registram e processam os benefícios da Previdência. Ela também figurava como a principal substituta de Waller na Presidência.

Stefanutto havia sido afastado do cargo em abril, quando vieram à tona as primeiras informações sobre irregularidades. A PF aponta que, entre 2019 e 2024, aposentados e pensionistas tiveram valores descontados sem autorização, como se fossem associados a entidades que prometiam serviços e vantagens, mas que, na prática, apenas escoavam recursos para empresas de fachada. O prejuízo é estimado em até R$ 6,3 bilhões.

Até agora, 11 organizações já foram alvo de medidas judiciais, e os contratos com beneficiários foram suspensos. Os investigados respondem por crimes como organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção, inserção de dados falsos em sistemas oficiais e ocultação patrimonial.

O portal LeoDias entrou em contato com a Diretoria de Tecnologia da Informação do INSS e com o Ministério da Previdência Social, mas até a publicação desta matéria não recebeu retorno para um posicionamento sobre o pedido de Waller. O espaço está aberto.

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