Promotor do MP sugere intervenção judicial no Corinthians

Promotor do MP sugere intervenção judicial no Corinthians

O Corinthians voltou ao radar do Ministério Público de São Paulo. Cássio Roberto Conserino, promotor responsável pelas investigações envolvendo os cartões corporativos do clube, encaminhou à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social uma representação sugerindo que o clube do Parque São Jorge passe por intervenção judicial. A informação, inicialmente publicada pelo “ge”, foi confirmada pelo portal LeoDias Esportes.

Conserino pediu a abertura de um inquérito civil ou, em último caso, de uma ação civil pública. Como atua na esfera criminal, ele não tem competência para solicitar diretamente a intervenção, por isso, enviou o documento ao setor responsável por questões relacionadas ao patrimônio público.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Eleição no Corinthians aconteceu nesta segunda (25)Giovanne Menezes/LeoDias Eleição no Corinthians aconteceu nesta segunda (25)Giovanne Menezes/LeoDias Sede do Corinthians é invadida por torcedores / Reprodução Reprodução/corinthians

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Na representação, o promotor lista 25 pontos que, segundo ele, justificam a medida. O material menciona denúncias contra os ex-presidentes Augusto Melo e Andrés Sanchez, além de diversas supostas irregularidades administrativas.

O promotor também ressalta a necessidade de resguardar o Ministério Público diante do que classifica como um cenário preocupante dentro do clube.

Confira os 25 pontos:

Laudos de auditores externos com apontamentos de irregularidades;
⁠O Corinthians é patrimônio cultural, cuja proteção é competência do Ministério Público;
⁠Denúncia oferecida e recebida em face do ex-presidente Augusto Melo, dentre outros, por associação criminosa e lavagem de capitais;
⁠Denúncia oferecida em face do ex-presidente Andres Sanches e então gerente financeiro da atual gestão, Roberto Gavioli, por apropriação indevida e lavagem de capitais;
⁠Investigações em face de outros ex-presidentes em tramitação;
⁠Investigação na Delegacia de Polícia de Repressão aos Direitos de Intolerância Esportiva de volumoso desvio de material esportivo por dirigentes da atual gestão;
Sistema de compliance inoperante;
⁠A assinatura por ex-presidente e por gerente financeiro, que também atua na gestão atual, de confissões de dívidas então extintas por prescrição;
⁠Regime Centralizado de Execuções não cumprido e não homologado, contendo inclusive contratos lesivos ao clube;
⁠Pedido de intervenção judicial formulado por credor nos autos do Regime Centralizado de Execuções;
Gestão temerária ao assumir a terceira maior folha de pagamento do país;
⁠Notas supostamente frias emitidas pelo Oliveira Minimercado, citada como empresa de fachada, tendo como único cliente o Corinthians, cujos valores saíram dos cofres do clube;
⁠Boletins de ocorrência informando supressão de documentos de dentro do clube;
⁠Indícios da presença de crime organizado consubstanciado no pagamento de comissões da VAIDEBET a empresa supostamente ligada ao crime organizado;
⁠Atletas profissionais instalados em apartamento de propriedade do “Alemão” (José Carlos Gonçalves), suposto integrante de organização criminosa;
⁠Postos de gasolina supostamente ligados ao crime organizado licenciados com a marca Corinthians;
⁠Recibo de pagamento pelo Corinthians a ex-assessor parlamentar do ex-presidente André Sanchez, alvo de investigação ministerial, ligado a facção criminosa envolvendo uso de cooperativas de transporte urbano em São Paulo;
Inobservância do estatuto para o impeachment de Augusto Melo, cuja entrega das atas do atual Conselho Deliberativo foi sonegada, a despeito de ordem judicial;
⁠Uso de cartão corporativo por ex-dirigentes, mesmo após final dos seus mandatos;
⁠Endividamento impagável, segundo laudos de profissionais externos independentes;
⁠Ameaça a testemunha perpetrada por investigado no caso do desvio de materiais esportivos, então integrante da atual gestão;
Transferban da Fifa em valores milionários por falta de pagamento de atletas;
⁠Práticas de atos que podem caracterizar gestão temerária dentro da entidade desportiva;
⁠Desorganização institucional da gestão financeira, com omissão dos órgãos deliberativos e de controle;
⁠Outras dezenas de outras possíveis irregularidades envolvendo contratos duvidosos, TV Corinthians, contratação de jogadores de base, licenciamento de marcas com pagamento de royalties insignificantes ao clube, contratos com cláusulas leoninas, relação com empresas de fachada ou fantasmas sob investigação do Ministério Público.

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