A repórter Manuela Borges, alvo de ofensas por parte de Jair Messias Bolsonaro (PL) há cerca de 10 anos, debochou da prisão do ex-presidente da República, condenado a 27 anos e três meses de prisão em regime inicial fechado. Na época dos ataques, o político que ainda atuava como deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro, chamou a jornalista de “idiota” e “ignorante”.
Em suas redes sociais, ela relembrou os ataques ao publicar um vídeo da ocasião. Na época, ela afirmou que o direitista responderia criminalmente pelos xingamentos, enquanto ele debochou. Na sequência, ela emendou com um vídeo gravado em frente à sede da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde Bolsonaro iniciou o cumprimento da pena.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Manuela Borges resgatou o vídeo em que é ofendida pelo então deputado.Reprodução/SBT Manuela Borges posou em frente à sede da Polícia Federal, em Brasília.Reprodução/@manuelacarolinaborges Manuela Borges resgatou o vídeo em que é ofendida pelo então deputado.Reprodução/@manuelacarolinaborges Jair Messias BolsonaroReprodução: Globo Reprodução CIME
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“A profecia se concretizou”, diz um trecho do vídeo, enquanto outro resgata a frase que o então deputado utilizou à época: “Criminalmente? Sim, aqui na Polícia Federal”. Na legenda, ela seguiu criticando Bolsonaro: “Quem imaginaria que essa criatura se tornaria presidente do Brasil? E seria condenado justamente por liderar um golpe de Estado? É como diz o ditado: ‘O mundo não gira, capota’”.
Na ocasião, Bolsonaro, durante uma reportagem no Congresso, disse: “Você é uma idiota, você é uma ignorante. Você tá querendo impor a sua verdade pra cima de mim. Eu tô cagando e andando pra você”. A repórter, que atuava na RedeTV!, rebateu: “O senhor vai responder por isso”, enquanto Bolsonaro seguiu ironizando: “Criminalmente?”.
O Supremo Tribunal Federal (STF) consolidou, nesta terça-feira (25/11), o desfecho do processo que condenou Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Com o reconhecimento do trânsito em julgado, o ex-presidente passa a cumprir, de forma definitiva, a pena de 27 anos e 3 meses imposta pela Primeira Turma. Como decidido pelo ministro relator Alexandre de Moraes, Bolsonaro permanecerá na Superintendência da Polícia Federal (PF), no Setor Policial Sul, onde já estava detido desde o fim de semana, por decisão de prisão preventiva.