A 59ª Delegacia de Polícia de Duque de Caxias (RJ) prendeu, em flagrante, o homem apontado como responsável pelos disparos que interromperam a Operação Barricada Zero na comunidade Corte Oito, no Complexo da Mangueirinha.
O ataque ocorreu na manhã dessa terça-feira (25/11), quando equipes da Prefeitura e policiais trabalhavam na remoção de barreiras erguidas pelo tráfico.
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O disparo que atingiu um trabalhador próximo à retroescavadeira marcou o início de uma caçada que durou poucas horas.
Segundo a Polícia Civil, a ação criminosa foi comandada por Marcos Amici da Silva Júnior, o Siri, um dos homens de confiança de Jonata Hirval Cassiano da Silva, o Buchecha Rosa, nome que ganhou força no comando da região após a queda da antiga estrutura ligada a Fernandinho Beira-Mar.
Ataque planejado
A investigação reconstruiu toda a dinâmica do ataque. Ao perceber a aproximação de uma viatura da PM pela Rua Barbacena, Siri e outros traficantes correram para um beco estreito na Travessa Uru.
Um deles disparou para o alto para alertar o bando, enquanto o autuado posicionou-se de forma ofensiva e abriu fogo direto contra a viatura e, em seguida, contra o maquinário da Prefeitura.
Mesmo na fuga, Siri insistiu nos disparos. Ele e um comparsa deixaram o local em uma motocicleta, atirando contra os agentes e contra a retroescavadeira.
Minutos após o confronto, mensagens trocadas entre criminosos indicavam que alguém havia sido ferido próximo à retroescavadeira.
A informação foi confirmada pela Polícia Civil. O trabalhador atingido foi encaminhado ao Hospital Moacyr do Carmo.
Prisão
A prisão veio horas depois. Siri procurou atendimento médico com um ferimento de arma de fogo no pé direito.
A versão apresentada por ele, confusa e incompatível com o que havia acontecido, reforçou a suspeita dos investigadores. Com as provas reunidas, foi autuado por tentativa de homicídio, devido à gravidade e direção dos disparos.
Além da autoria do ataque, a 59ª DP aponta que Siri exerce função de gerente do tráfico no Corte Oito e integra o grupo liderado por Buchecha Rosa.
A Polícia Civil segue na identificação dos demais envolvidos no ataque e na estrutura criminosa que tentou impedir a ação pública de retirada das barreiras. A operação, segundo a corporação, não será interrompida.