Saiba o que é intoxicação medicamentosa, quadro que levou Lô Borges à morte

Saiba o que é intoxicação medicamentosa, quadro que levou Lô Borges à morte

A morte do cantor e compositor Lô Borges, aos 72 anos, vítima de intoxicação medicamentosa, no último domingo (2/11), colocou em pauta os perigos do uso incorreto de remédios e da automedicação. O artista, um dos fundadores do Clube da Esquina, estava internado desde 17 de outubro na UTI de um hospital em Belo Horizonte.

A intoxicação medicamentosa pode ocorrer por diversos motivos — entre eles, erro de prescrição médica, uso inadequado, automedicação ou interações entre diferentes substâncias. Em alguns casos, mesmo o uso correto pode causar reações graves em pacientes mais sensíveis.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Lô Borges inicia hemodiálise e segue internado em UTILô Borges e Milton Nascimento Lô Borges inicia hemodiálise e segue internado em UTIDivulgação/Barbara Dutra Lô Borges inicia hemodiálise e segue internado em UTIReprodução/Instagram/@loborgesoficial Lô Borges inicia hemodiálise e segue internado em UTIReprodução/Instagram/@loborgesoficial Lô Borges inicia hemodiálise e segue internado em UTIReprodução/Instagram/@loborgesoficial Lô Borges, cantor e compositorReprodução / Instagram @loborgesoficial

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Causas e riscos
Qualquer tipo de medicamento tem potencial tóxico, e o perigo está, principalmente, na forma como é utilizado. Mesmo remédios de venda livre, como analgésicos e antigripais, devem ser tomados com prescrição e cuidado. Quadros leves podem se agravar rapidamente, levando a complicações graves e até à morte, especialmente quando o atendimento médico é tardio.

Pessoas idosas, pacientes com doenças renais, hepáticas ou psiquiátricas, e aqueles que fazem uso contínuo de vários remédios estão entre os grupos mais vulneráveis.

Sintomas e sinais de alerta
Os sintomas variam conforme a substância e a dose ingerida, podendo surgir minutos ou dias após o consumo. Entre os mais comuns estão tontura, vômitos, diarreia, suor excessivo, sonolência, fala arrastada, confusão mental, palpitações e alterações na respiração. Em casos mais graves, podem ocorrer convulsões e perda de consciência.

Levantamentos da Secretaria da Saúde de São Paulo apontam que cerca de 85% das intoxicações medicamentosas registradas no estado na última década ocorreram dentro de casa. As classes de medicamentos mais envolvidas nesses casos são benzodiazepínicos, antidepressivos, antigripais e anti-inflamatórios.

Tratamento e primeiros socorros
Ao identificar sinais de intoxicação, é essencial buscar atendimento médico imediato. Não se deve provocar vômito nem tentar remédios caseiros. O tratamento deve ser feito em ambiente hospitalar, com monitoramento das funções vitais e uso de antídotos específicos, quando disponíveis. Em situações graves, o paciente pode precisar de ventilação mecânica ou intubação.

Os antídotos mais comuns, como os usados para intoxicações por opioides e paracetamol, estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A escolha depende do tipo de substância e do estado clínico do paciente.

Diferença entre alergia e intoxicação
Apesar de apresentarem sintomas semelhantes, alergia e intoxicação medicamentosa são condições diferentes. A alergia é uma reação do sistema imunológico a uma substância e pode causar choque anafilático, enquanto a intoxicação resulta do efeito tóxico direto do medicamento no organismo.

Onde buscar ajuda
Casos de suspeita de intoxicação devem ser comunicados imediatamente aos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATs), que oferecem orientações gratuitas pelo telefone 0800 722 6001.

Categories: ENTRETENIMENTO
Tags: Lô BorgesSAÚDE