Nesta terça-feira (4/11), Rodolfo Schneider, jornalista e âncora do Jornal da Band, criticou a fala de Luiz Inácio Lula da Silva sobre a megaoperação realizada nas comunidades da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, na última semana. Segundo o presidente Lula, a ação da polícia do Rio foi uma “matança” também “desastrosa”.
Durante uma coletiva, em Belém, Lula se manifestou de forma contraria a megaoperação policial: “Nós estamos tentando essa investigação. Nós inclusive estamos tentando ver se é possível os legistas da Polícia Federal participarem do processo de investigação da morte, como é que foi feito. Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação, porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança. E houve a matança. Eu acho que é importante a gente verificar em que condições ela se deu. O dado concreto é que a operação, do ponto de vista da quantidade de mortes, as pessoas podem considerar um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, eu acho que ela foi desastrosa”, declarou.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Schneider critica fala de presidente LulaReprodução Luiz Inácio Lula da Silva sancionando a Lei que cria o Sistema Nacional de Educação (SNE)Reprodução: Instagram/@lulaoficial Schneider critica fala de presidente LulaReprodução Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do BrasilFoto: Ricardo Stuckert Schneider critica fala de presidente LulaReprodução
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No decorrer do Jornal da Band, Schneider comentou a posição do presidente do Brasil e destacou que ele não lamentou a morte dos quatro policiais que também foram vítimas na operação realizada no último dia 28 de outubro.
“É de se lamentar a fala do Presidente da República, a começar pelo fato de não ter lamentado as mortes dos policiais: quatro policiais mortos. E segundo por não contextualizar esse termo matança. Matança significa massacre de pessoas. Da forma que foi colocada, é como se houvesse um massacre de mais de 100 pessoas, mas até agora, pelo menos as imagens sugerem confrontos altíssimos com bandidos armados até os dentes – o que seria uma coisa totalmente diferente”, iniciou o jornalista.
Rodolfo Schneider ressaltou que a ação policial atende um desejo da maioria dos moradores das comunidades. “E terceiro, é porque é absolutamente desassociada do que pensa e o que quer o brasileiro, principalmente os mais pobres e que moram nessas comunidades. A pesquisa mostrou que 87% dos moradores das favelas são favoráveis a estas operações, mesmo que a gente saiba que precisa de um grande plano de ocupação, inclusive de ocupação desses territórios. Acaba sendo a arma perfeita para direita, em um tema tão sensível, todo o brasileiro que segurança pública e esse tipo de declaração já está sendo amplamente utilizada na campanha de 2026”, concluiu ele.