A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (23) que a bandeira tarifária de janeiro de 2026 será verde. Com a decisão, os consumidores não terão cobrança adicional na conta de energia elétrica no primeiro mês do ano, diferentemente de dezembro, quando vigorou a bandeira amarela.
Segundo a Aneel, apesar de o período chuvoso registrar índices abaixo da média histórica, houve manutenção do volume de precipitações em novembro e dezembro. Esse cenário contribuiu para a estabilidade dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas em grande parte do país.
A agência reguladora também avalia que, em janeiro, o acionamento das usinas termelétricas deverá ocorrer em menor intensidade do que no mês anterior. Como esse tipo de geração tem custo mais elevado do que fontes como hidrelétrica e eólica, a redução do uso ajuda a manter a tarifa sem acréscimos.
Ao longo de 2025, as bandeiras tarifárias variaram entre os níveis verde, amarela e vermelha. O sistema indicou bandeira verde de janeiro a abril, passou para amarela em maio, avançou para vermelha — nos patamares 1 e 2 — entre junho e setembro, retornou ao patamar 1 em outubro e novembro e encerrou o ano com bandeira amarela em dezembro.
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias informa ao consumidor o custo real da geração de energia. De acordo com estimativas da Aneel, o mecanismo já proporcionou uma economia de cerca de R$ 12,9 bilhões em juros evitados desde a sua implementação.
Na bandeira verde, não há cobrança adicional. Já a bandeira amarela adiciona R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos, enquanto a bandeira vermelha implica acréscimos de R$ 4,46 no patamar 1 e R$ 7,87 no patamar 2.