Cenário de inúmeros casamentos e festas de 15 anos, a Mansão dos Arcos abriu as portas para acolher o 130º Leilão da Blombô, realizado na manhã deste sábado (13/12). Projetada pelo arquiteto João Filgueiras Lima (1931-2014), mais conhecido como Lelé, a imponente residência foi palco da edição Brasília do evento e, desde a última segunda-feira (8/12), estava com uma exposição das obras de arte a serem arrematadas presencial ou virtualmente. A ocasião teve o mailing assinado pela relações-públicas Claudia Salomão.
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Fundadora e CEO da Blombô, Lizandra Alvim enfatiza que a curadoria da edição feita na capital federal foi “pensada para dialogar com Brasília”. Na avaliação dela, arte e arquitetura “caminham juntas” na cidade. “Por isso, obras de Athos Bulcão, Burle Marx e Oscar Niemeyer têm um peso especial — e também trouxemos peças com a linguagem mais sintética e presença espacial, muito alinhadas ao olhar do público local”, defende a executiva em entrevista à coluna Claudia Meireles.
Lizandra compartilha que o selo Blombô é sinônimo de “critério e confiança”, em que há “seleção curatorial, transparência nas informações e cuidado na apresentação”. “Oferecemos uma experiência de compra mais próxima e orientada, para quem coleciona há anos ou está começando”, garante. Quem participou do leilão pôde disputar a aquisição — e levar para casa — obras de Alfredo Ceschiatti, Bruno Giorgi, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Candido Portinari.
Abaixo, veja uma galeria de fotos com algumas obras do leilão:
Quadros foram leiloados presencial e virtualmente
Pedro Iff/Metrópoles2 de 10
Quadros de pintores brasileiros e do exterior
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As obras de arte foram expostas na Mansão dos Arcos
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Obras disponíveis no leilão
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Detalhes das obras
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As criações foram a leilão
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Os trabalhos dos artistas foram conferidos pelo público da capital
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Obras do acervo da Blombô
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Obras de arte presentes na Mansão dos Arcos
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Pinturas
Pedro Iff/Metrópoles
Relações-públicas do evento, Claudia Salomão se descreve como uma pessoa “mais da arte contemporânea”: “Realmente, amo obra de arte”. Entre as criações presentes na exposição e no leilão, a RP ficou fascinada com o trabalho do artista Emanoel Araujo (1940-2022). “Ele trabalhou muito a questão africana e usou a madeira de navios em que escravos eram transportados. Eu não o conhecia”, revela. Ela emenda: “De todas as obras aqui, a que mais me encantou foi a dele”.
Com relação à escolha da Mansão dos Arcos para sediar a edição brasiliense do evento, Claudia frisa que os executivos à frente da Blombô a pediram sugestões de lugares. “Acredito que esse espaço tem tudo a ver com Brasília, bem o perfil do que eles queriam. Foi escolhido pela luminosidade e arquitetura também”, detalha. Para Lizandra, a residência projetada por Lelé “valorizou o evento ao criar uma atmosfera de permanência e diálogo com o modernismo”.
“Os arcos e a amplitude deram respiro às obras e reforçaram a narrativa entre arte, cidade e arquitetura, tão própria de Brasília”, menciona a CEO.
O diretor de leilões de arte e, também, leiloeiro oficial da Blombô, Daniel Rebouço, conta que sentiu algo diferente ao conhecer a Mansão dos Arcos. “Na hora em que eu pus o pé na escada, sabia que era ali que nós iríamos fazer o leilão. Essa casa entrega tudo o que nós buscávamos: espaço, relevância e um projeto arquitetônico com a identidade de Brasília”, declara. Ele acrescenta sobre o número de colecionadores ter aumentado na capital federal.
“Brasília é um cidade que tem crescido muito o número de grandes e de novos colecionadores. Antes de vir para cá, na nossa primeira edição [no ano passado], nós já tínhamos um contato bem próximo com alguns clientes, e [esse número] vem aumentando por aqui. É um lugar em que cresceu bastante o nível das coleções e o aprimoramento. Ao percebermos o surgimento desse público novo, é importante estar por perto”, ressalta Rebouço.
Diante do sucesso do leilão, o diretor da Blombô já “bateu o martelo” sobre a terceira edição do evento em solo brasiliense no ano que vem. “Em 2026, esperamos repetir aqui mais uma edição, trazendo nomes dessa magnitude que temos nesse segundo leilão e, mais uma vez, ser novamente na Mansão dos Arcos, com um pouco mais de tempo e de divulgação. É um evento cultural e ficamos felizes de ver a cidade mobilizada.”
Rebouço confessa que o êxito na realização do 130º Leilão da Blombô em Brasília deixa a todos da empresa com vontade de voltar para a cidade: “Tivemos uma participação grande de colecionadores do Brasil, de Brasília e internacional. Vendemos obras para Massachusetts, Nova York e Montevidéu. Tudo isso nos deixa bastante esperançosos para a edição do ano que vem”.
Quem presenciou o evento pôde comemorar as aquisições com as delícias do Mangê Buffet.
Frios e empratados
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Vinho branco Chardonnay
Pedro Iff/Metrópoles3 de 3
Mansão dos Arcos
Pedro Iff/Metrópoles
Confira quem esteve presente no leilão pelos registros do fotógrafo Pedro Iff:
Serviço
Espaço: Mansão dos Arcos
Buffet: Mangê
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