A exposição nas redes sociais nem sempre vem acompanhada de acolhimento. Para Nathy Rocha, a participação na terceira temporada do “Ilhados com a Sogra” trouxe visibilidade, mas também abriu espaço para uma onda de ataques gordofóbicos que ultrapassaram os limites da crítica e atingiram diretamente sua saúde emocional.
A influenciadora, então, decidiu romper o silêncio e falar sobre o impacto do ódio virtual. Segundo ela, houve um momento claro em que a linha foi cruzada. “Percebi esse limite quando as pessoas deixaram de comentar a situação exibida no programa e passaram a atacar o meu corpo. Quando o foco deixou de ser o jogo ou o contexto filmado e virou uma tentativa de deslegitimar quem eu sou a partir da minha aparência, ficou claro que não era mais crítica. Era gordofobia”, afirma integrante da família Rocha à coluna.
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Os ataques, segundo Nathy, não foram pontuais. Vieram em sequência, de forma acumulativa, e despertaram feridas antigas. “Não é fácil lidar quando o ataque deixa de ser sobre atitudes e passa a atingir quem você é. Isso machuca e mexe com inseguranças antigas. Me deu muitos gatilhos”, desabafa a participante do reality da Netflix.
O silêncio, porém, começou a cobrar um preço alto. Foi então que falar em suas redes sociais sobre o assunto se tornou uma necessidade: “Muitas pessoas vivem situações parecidas, mas sofrem caladas. Não se expõem, engolem a dor, e isso machuca ainda mais. No meu caso, o silêncio estava me adoecendo. Eu já não conseguia conter o impacto dos comentários. Falar foi uma forma de respirar”.
Ao compartilhar sua experiência, Nathy diz que não busca apenas aliviar a própria dor, mas também encorajar quem passa por situações semelhantes. “Mesmo sabendo que ainda estou em processo, sinto que preciso fortalecer meu emocional todos os dias para poder incentivar outras pessoas a não sofrerem engasgadas, sozinhas”.
O relato da influenciadora joga luz sobre um debate urgente: até que ponto a crítica pública se transforma em violência emocional? E quais marcas esse tipo de ataque deixa em quem está do outro lado da tela? Ao escolher falar, Nathy Rocha transforma vulnerabilidade em resistência e reforça que romper o silêncio também pode ser um ato de sobrevivência.