Digão, fundador do Raimundos, quebrou o nariz da Viúva de Canisso com um soco; ela conta tudo

Digão, fundador do Raimundos, quebrou o nariz da Viúva de Canisso com um soco; ela conta tudo

Em conversa exclusiva com a jornalista Patrícia Calderón, do portal LeoDias, Adriana Toscano, a viúva de Canisso, um dos músicos fundadores do Raimundos, abriu o coração sobre episódios que desgastaram o grupo, principalmente após a saída do outro fundador: o vocalista, Rodolfo.

Durante a entrevista, Adriana disse que o próprio Rodolfo não suportava mais a convivência com Digão. E que uma briga no camarim, seguida de agressão física, teria sido a gota d´água para conflitos entre os integrantes.

“O próprio Rodolfo não aguentou. Um dia ele disse pra mim e pro Canisso: ‘Não aguento mais esse cara, tô caindo fora”.

O ex-baixista do Raimundos, Canisso, morreu em 2023, vítima de um infarto aos 57 anos.

No episódio da briga ocorrida no camarim, que teria acontecido antes de um show no interior de São Paulo, Adriana disse que Digão entrou no ambiente em que o casal estava e deu um soco na cara de Canisso.

“Me lembro que estávamos felizes no camarim, quando o Digão entrou do nada e foi direto com um soco na cara do Canisso. Aí adivinha, né? Começou uma briga do nada, a maior confusão, um fuá estilo desenho animado. Acabei me metendo, para separar, defender o meu marido e ter sobrado até pra mim. Eu só vi a mão do Digão e quando percebi já tinha levado um soco e quebrado o nariz”.

Ela conta em ter ficado extremamente decepcionada, principalmente pela amizade em que os integrantes da banda e as mulheres tinham uns pelos outros.

“O Canisso ficou muito triste com o episódio. Eu chorei o show inteiro e a equipe preocupada comigo. No dia seguinte, fui ao hospital, e realmente tinha quebrado o nariz. Neste mesmo dia o meu telefone tocou, eu atendi, era o Digão. Ele chorava muito, pediu desculpas e disse que era uma pessoa horrível”, explicou Adriana Toscano.

Questionada se o perdoou, ela disse que passaram meses chateados. “Confesso que é uma questão bem delicada. Eu perdoei naquele momento, mas depois, quando ocorriam as reincidivas, percebi que não mudaria nada. O padre me disse: ‘Você tem que perdoar, porque ele vai ter a chance dele de se arrepender no quando morrer’. Isso me fez pensar muito. A gente perdoa, mas, esquecer, é difícil. Hoje, meu coração tá leve e sereno. Tenho minha consciência tranquila. Não quero acabar com a banda atual, só quero que eles cumpram com as leis sem usar subterfúgios de mudança de CNPJ e querer dizer que estão certos. Não mudou, o baixista que morreu, um dos fundadores da banda junto com Rodolfo e Digão” contesta Adriana.

Relembre as discordâncias entre a família de Canisso e o Raimundos nova formação

Com a morte do baixista, começaram os conflitos financeiros. A viúva afirma que Digão chegou a pedir sua ajuda para seguir com a banda, enquanto teria prometido continuar auxiliando a família do amigo, formada por ela e pelos filhos Mike, Lorena, Pedro e Nina.

No entanto, Adriana garante que os pagamentos devidos à família cessaram cerca de um ano depois.

Ela enviou uma cópia do contrato ao portal. O parágrafo 2º do artigo IX diz que: “Em caso de falecimento de qualquer dos sócios, ingressarão na sociedade os herdeiros do sócio falecido. Enquanto não finalizada a partilha, a representação do sócio falecido será feita pelo inventariante”.

De acordo com a viúva, o Raimundos abriu um novo CNPJ a fim de burlar o contrato previamente firmado.

Ela destaca que o documento faz referência somente aos valores de fechamento de shows, que é a maior fonte de renda do grupo, enquanto outros valores arrecadados, como direitos autorais e repasses de gravadoras, seguem em vigor.

“Não avisaram nada. Poderiam ter me ligado e falado para a gente ao menos fazer um acordo. Não teve nada disso. Teve um silêncio, e eu ficava sabendo das coisas pelo meu advogado, relatou.

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