As alunas e alunos do 2º ano técnico integrado em Administração do Instituto Federal do Acre (Ifac) Sena Madureira realizaram visita técnica na sede do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) nesta quarta-feira, 18. O grupo assistiu a última sessão do Tribunal Pleno e foi acolhido pelo colegiado de desembargadoras e desembargadores presentes.
Na oportunidade, o presidente do TJAC, desembargador Laudivon Nogueira falou sobre o papel da Justiça para garantia de direitos e cidadania. Além disso, também conheceram a Escola do Poder Judiciário (Esjud). O desembargador Luís Camolez, diretor da escola, dialogou com os estudantes, destacando a importância do uso de uma linguagem simples e acessível no Judiciário, como forma de aproximar a Justiça da população e fortalecer a comunicação com a sociedade.
A secretária de Gestão de Pessoas, Nassara Nassarela, a coordenadora de Gestão de Memória e Arquivos, Ana Cunha, e a servidora Ana Lúcia Felisberto apresentaram as demais estruturas e atribuições das magistradas, magistrados, servidoras, servidores e setores administrativos.
“Foi uma experiência profundamente significativa. Ao longo de quase 15 anos de atuação no Tribunal de Justiça, poucas vezes me senti tão diretamente conectada com a missão de contribuir de forma efetiva para a sociedade. Acredito firmemente na educação como um dos caminhos mais sólidos para a promoção da justiça, e essa aproximação com a comunidade, ao apresentar o Judiciário, instituição da qual tenho muito orgulho de fazer parte, renovou em mim um sentimento genuíno de realização. Ver o interesse e o brilho nos olhos daqueles jovens reforça a convicção de que estamos no caminho certo, com o futuro se apresentando de forma promissora diante de nós”, afirmou a secretária de Gestão de Pessoas.
Além das explicações, durante a visita todos puderam tirar suas dúvidas, entender sobre a tramitação de processos e conhecer mais sobre profissões que são sonhos de muitos deles. “A aproximação do Judiciário e a comunidade contribui para a formação cidadã e profissional dos estudantes, permitindo que eles compreendam como a instituição funciona e percebam que a Justiça é um serviço público acessível e essencial à sociedade”, disse a historiadora Ana Cunha.
A aula extraclasse será aproveitada de forma transversal pelas disciplinas de Direito e Língua Portuguesa. A professora Priscila Pinheiro foi a responsável por agendar a atividade: “No Ifac, nós temos a possibilidade de fazer visitas técnicas com os alunos. Então os professores reúnem os seus conteúdos programáticos, as suas disciplinas e levam a lugares que vão somar as aulas teóricas. Eu vim aqui hoje, porque solicitamos à escola e ao tribunal uma palestra sobre o judiciário e também sobre a linguagem jurídica. O TJAC assinou o pacto por uma linguagem mais simplificada, então eles puderam conhecer um pouco sobre o Judiciário acreano e sobre a linguagem jurídica”.
A aluna Ellen Rodrigues disse que adorou conhecer o Tribunal: “Foi incrível, é tudo maravilhoso! Eu agradeço muito pela paciência e pelo jeito que eles falaram com a gente, foi muito bom!”. Já a aluna Maria Clara Carvalho destacou os tópicos que mais chamaram sua atenção: “A diferença dos poderes, os direitos e algumas curiosidades, que eu não sabia”.
Linguagem simples
No TJAC, a linguagem simples vem sendo adotada como uma estratégia para aproximar a Justiça da sociedade e tornar a informação jurídica mais acessível e inclusiva. Isso tem sido empreendido tanto na linguagem textual, como também no design do site, cards, cartilhas e informativos, na facilitação de fluxos e até simplificando ritos formais, superando o excesso de termos técnicos.
Ao utilizar uma comunicação direta, objetiva e transparente, o TJAC contribui para que decisões judiciais, comunicados institucionais, peças informativas e conteúdos digitais possam ser entendidos por pessoas sem formação jurídica. A proposta reforça o princípio constitucional do acesso à Justiça, garantindo que o cidadão compreenda não apenas o resultado de um processo, mas também seus direitos, deveres e os caminhos percorridos até a decisão.
A adoção da linguagem simples está alinhada às diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a uma visão moderna de prestação jurisdicional, que reconhece a comunicação como ferramenta essencial para a cidadania. Mais do que simplificar palavras, está em andamento uma mudança cultural: comunicar com respeito e empatia, colocando o cidadão no centro da Justiça.
Fotos: Gleilson Miranda/Secom TJAC e cedida