Filho de Christiane Torloni nega suposta extorsão e acusa franqueadora de causar prejuízos milionários

Filho de Christiane Torloni nega suposta extorsão e acusa franqueadora de causar prejuízos milionários

A empresária Carla Renata Sarni Souza, presidente do Grupo Salus e sócia do Grupo Crescera, registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de São Paulo acusando o ator e empresário Leonardo Torloni de Carvalho de tentativa de extorsão. Após o caso sair na coluna de Fábia Oliveira, do portal Metrópoles, a reportagem do portal LeoDias teve acesso, via assessoria da Warde Advogados, representante de Leonardo, à notificação extrajudicial enviada pelo ator ao Grupo Salus no dia 29 de novembro. O documento sustenta que Leonardo, na verdade, sofreu “prejuízos milionários” decorrentes do modelo de franquias Giolaser e que acusa a empresa de fornecer dados financeiros “irrealistas” para a venda das unidades.

Segundo relatado pela própria Carla à polícia, Torloni, que é franqueado antigo das marcas Sorridents e Giolaser, teria procurado o grupo não para renegociar dívidas, como inicialmente indicado, mas para exigir um pagamento de R$ 3,9 milhões sem base contratual. Caso o valor não fosse pago, ele teria dito que levaria supostas denúncias ao “Fantástico”, da Globo, e a outros veículos, citando sua “influência midiática” por ser filho dos artistas Christiane Torloni e Dennis Carvalho.

Veja as fotosAbrir em tela cheia Leonardo Torloni de Carvalho em “Três Irmãs”Divulgação: Globo Leonardo e Christiane TorloniReprodução: Redes Sociais Leonardo e o pai, Dennis CarvalhoReprodução: Redes Sociais Leonardo em passeio no shopping com o filho e a mãe, Christiane TorloniFoto: Edson Aipim/AgNews Giovanna Antonelli é atriz e empresáriaReprodução: Instagram

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Segundo a notificação extrajudicial ao Grupo Salus, Leonardo teria investido mais de R$ 7 milhões, acumulando perdas superiores a R$ 11 milhões; enquanto a franqueadora teria obtido mais de R$ 3 milhões em royalties no mesmo período.

O documento afirma ainda que diversos franqueados no país teriam enfrentado resultados semelhantes, o que demonstraria, segundo os advogados, que o problema seria “estrutural” e não decorrente de má gestão. “O volume crescente de unidades Giolaser, sendo fechadas ao longo do tempo, juntamente com o volume crescente de ações judiciais contra o Grupo Salus, espalhadas por inúmeros foros e envolvendo perfis absolutamente distintos de franqueados, apenas confirma o óbvio: o problema nunca esteve na ponta; o problema sempre esteve na franqueadora. Nunca foi um problema de gestão, mas um problema estrutural do modelo vendido pelo Grupo Salus”, escreveram os advogados Guilherme Lippi e Alexandre Barroco.

O documento também relata que, em reunião realizada em 4 de novembro, representantes da Salus teriam pedido sigilo sobre as negociações, mas que Carla Sarni teria violado tal compromisso ao repassar informações a terceiros e comentar temas tratados reservadamente em grupos de WhatsApp.

Ainda segundo o relato de Carla, Leonardo Torloni teria afirmado que também poderia expor publicamente a imagem da atriz Giovanna Antonelli, que já foi sócia minoritária da rede e deixou o negócio há mais de um ano. A executiva diz ainda que tomou conhecimento de que as mesmas ameaças teriam sido repetidas a representantes dos interesses de Antonelli. O boletim foi registrado em 5 de dezembro.

Resposta do Grupo Salus
Nos documentos enviados ao portal LeoDias, também consta a resposta dos advogados da Salus, que contestam integralmente as alegações e afirmam que os números apresentados por Torloni não correspondem à realidade. Eles sustentam que o ator buscava, de fato, renegociar dívidas e encargos contratuais antes de apresentar uma exigência “infundada” de ressarcimento.

Além disso, na contranotificação enviada ao ator em 8 de dezembro, a franqueadora SSGA Estética & Beleza Franchising, responsável pela rede Giolaser, afirma que a versão apresentada por Leonardo Torloni “altera a realidade dos fatos” e cria uma “narrativa fictícia” sobre a relação comercial entre as partes. O documento sustenta que Torloni é franqueado do grupo há mais de dez anos, tendo operado 17 unidades Sorridents e ingressado na Giolaser de forma “livre, consciente e plenamente informada” a partir de 2021.

A empresa rebate a acusação de modelo econômico insustentável e diz que várias unidades administradas pelo empresário tiveram faturamento expressivo, citando especificamente clínicas de Sorocaba e Arujá como exemplos de operações lucrativas.

A franqueadora também acusa Torloni de tentar responsabilizar a empresa por decisões empresariais tomadas por ele em um período marcado por adversidades, como pandemia, restrição de crédito e retração do varejo. Segundo o texto, o grupo seguirá aberto ao diálogo, mas não aceitará ser responsabilizado por resultados decorrentes de gestão das unidades ou de fatores externos ao negócio.

O que diz a defesa de Leonardo Torloni
Em nota, os advogados afirmam que Leonardo sofreu danos materiais relevantes decorrentes da condução de negócios por parte do Grupo Salus e que planeja buscar ressarcimento judicial. Antes disso, porém, teria tentado uma solução consensual, motivo pelo qual enviou notificação extrajudicial às empresas. Segundo os advogados, a narrativa de extorsão causa “perplexidade e indignação” e resultará em medidas judiciais contra os responsáveis pela divulgação do que classificam como imputações falsas. Leia o posicionamento na íntegra:

“Leonardo Torloni sofreu danos materiais de vulto, causados pela conduta negocial do Grupo Salus, sob a condução de sua presidente, a Sra. Carla Sarni. Torloni exercerá seu direito legítimo de ação para buscar ressarcimento pelos danos que lhe foram causados. Antes disso, todavia, em favor da boa-fé e da consensualidade, notificou a contraparte para tentar uma solução amigável. A notificação foi respondida. Ambas as missivas dão conta de que as tratativas se deram em ambiente de urbanidade e tecnicidade. A acusação amplamente divulgada na imprensa causa perplexidade e indignação e dará ensejo à tomada de medidas judiciais cabíveis”.

Um outro lado
O advogado Enio Martins Murad representa mais de 50 empresas que, segundo ele, são vítimas do Grupo Salus, e enviou uma nota para a reportagem do portal LeoDias afirmando que foram ameaçados por Carla. Leia o posicionamento na íntegra:

“Assim como ocorreu com Leonardo Torloni, meus clientes foram ameaçados e constrangidos pela CEO do grupo. Até este advogado está sofrendo ataques e ameaças por parte de Carla Sarni. A atriz Giovanna Antonelli era sócia do grupo até dezembro de 2024 e também é investigada no inquérito que apura pirâmide financeira, propaganda enganosa e outros crimes no ramo das franquias. São mais de mil processos contra esse grupo. Inclusive na data de hoje foram condenados ao pagamento de R$ 362.000,00 pelos danos causados a um franqueado Giolaser. Confiamos na justiça! E nos solidarizamos com Leo Torloni, que também é vítima deste grupo”.

Próximos passos
O caso está em análise pela Polícia Civil, que deverá ouvir as partes envolvidas e avaliar os documentos apresentados por ambos os lados. Já a defesa de Leonardo Torloni indica que ingressará na Justiça para buscar reparação de prejuízos que considera comprovados.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa de Giovanna Antonelli, citada no boletim de ocorrência. Em nota enviada, ressaltaram que a atriz deixou a Giolaser há mais de um ano: “Com quase 40 anos de carreira, Giovanna Antonelli construiu uma trajetória pautada na transparência e credibilidade de sua imagem. Há mais de um ano fora da empresa, da qual tinha uma pequena participação, a artista e sua equipe jurídica estão tomando todas as medidas cabíveis”.

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