O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou, nesta terça-feira (9), que sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026 é “irreversível” e que não pretende recuar da decisão de disputar o Palácio do Planalto.
A afirmação foi feita à imprensa na sede da Polícia Federal, em Brasília, onde Flávio visitou o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, os dois conversaram sobre a repercussão do anúncio da pré-candidatura, oficializado na sexta-feira passada (5).
Ao comentar declarações sobre ter “um preço” para desistir da corrida presidencial, Flávio explicou que sua única condição seria a aprovação de uma anistia a Jair Bolsonaro pelo Congresso Nacional. “Foi um ato que começou no final da manhã, e eu falei até o fim da noite qual era o meu preço. E o meu preço é o Bolsonaro livre, e nas urnas. Ou seja, não tem preço. Essa é a conclusão. Vamos explicar, porque parece que eu estou me colocando à venda, e não é isso”, afirmou.
Jair Bolsonaro está preso por envolvimento na tentativa de golpe de Estado e, em razão de condenações no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está impedido de disputar as eleições de 2026. Aliados do ex-presidente têm pressionado pela aprovação de uma anistia no Congresso.
Na noite desta segunda-feira (8), Flávio Bolsonaro organizou um jantar com lideranças partidárias para buscar apoio político à sua pré-candidatura. O encontro foi realizado em sua residência e contou com a presença de nomes como Antônio de Rueda (União Brasil), Valdemar Costa Neto (PL), Rogério Marinho (PL-RN) e Ciro Nogueira (Progressistas). Marcos Pereira, líder do Republicanos, foi convidado, mas não compareceu por questões de agenda, segundo relato da TV Globo.
Ao final do evento, o senador Rogério Marinho reiterou o compromisso com a pré-candidatura de Flávio. “O PL tem uma candidatura, está claro. Desde a hora em que o principal representante do nosso partido tomou essa decisão, todos nós estaremos juntos”, afirmou Marinho.