O senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ) confirmou que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para representar o grupo político de direita na corrida presidencial de 2026. A decisão, já antecipada por aliados, foi anunciada pelo próprio parlamentar em suas redes sociais na tarde desta sexta-feira (5/12).
Em sua publicação, Flávio apresentou a candidatura como uma missão recebida diretamente do pai e declarou estar preparado para liderar o projeto político do “bolsonarismo”. Ele afirmou que encara a indicação como um compromisso com o país e com a continuidade das pautas defendidas pelo grupo.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Comunicado de Flávio Bolsonaro (PL/RJ) sobre sua candidatura como presidente do BrasilReprodução: Instagram/@flaviobolsonaro Comunicado de Flávio Bolsonaro (PL/RJ) sobre sua candidatura como presidente do BrasilReprodução: Instagram/@flaviobolsonaro Comunicado de Flávio Bolsonaro (PL/RJ) sobre sua candidatura como presidente do BrasilReprodução: Instagram/@flaviobolsonaro Senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ)Foto: Andressa Anholete/Agência Senado O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)Foto: Antonio Augusto/STF
Voltar
Próximo
Leia Também
Política
Plano de “vigília” divulgado por Flávio Bolsonaro leva PF a pedir prisão de Jair
Política
Flávio diz que “vergonha da família” pode ter levado Bolsonaro a violar tornozeleira
Política
Flávio visita Bolsonaro, explica crise com Michelle e avisa: “Não vai se repetir”
Política
Bolsonaro x STF: entenda o que levou o ex-presidente à prisão domiciliar
No comunicado publicado no X, minutos antes do post no Instagram, Flávio exaltou Bolsonaro como “a maior liderança política e moral do Brasil” e afirmou que sua entrada na disputa ocorre em um momento que, segundo ele, exige firmeza: “Eu não posso, e não vou, me conformar ao ver o nosso país caminhar por um tempo de instabilidade, insegurança e desânimo. Eu não vou ficar de braços cruzados enquanto vejo a esperança das famílias sendo apagada e nossa democracia sucumbindo”.
O senador também fez duras críticas ao governo federal, citando problemas econômicos, aumento de impostos, ações de criminosos em cidades e dificuldades enfrentadas por aposentados. Em tom religioso, encerrou o texto dizendo confiar que Deus conduzirá sua trajetória: “Eu me coloco diante de Deus e diante do Brasil para cumprir essa missão. E sei que Ele irá à frente, abrindo portas, derrubando muralhas e guiando cada passo dessa jornada”, escreveu.
A escolha de Flávio ocorre em um momento de forte turbulência no PL. Nas últimas semanas, o partido enfrentou desgaste após o diretório cearense manifestar apoio a uma possível candidatura de Ciro Gomes, provocando reação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e um conflito aberto com os filhos de Jair Bolsonaro.
O episódio expôs fissuras entre grupos influentes da legenda, gerando pressão para que Jair Bolsonaro definisse rapidamente o nome que representaria sua ala política em 2026. Mas a escolha por Flávio não agradou a todos dentro do partido e encontrou resistência, inclusive entre apoiadores de Michelle e setores do eleitorado mais radical.
A decisão complica os planos do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que era apontado como um dos nomes mais fortes para assumir o espaço do “bolsonarismo” em 2026. Sem o apoio de Jair Bolsonaro, Tarcísio tende a buscar a reeleição.