A prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi confirmada após a polícia do Paraguai enviar uma foto (em destaque) do suspeito a autoridades brasileiras. A imagem foi decisiva para que os investigadores o indentificassem. Silvinei foi preso nesta sexta-feira (26/12) quando tentava embarcar no Aeroporto Internacionalo Silvio Pettirossi, em Assunção, com passaporte falso. Seu destino seria El Salvador, com escala no Panamá.
Silvinei, condenado a 24 anos e 6 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por integrar a trama golpista, teria rompido a tornozeleira eletrônica e tentado deixar o Brasil pelo Paraguai. Como o aparelho de monitoramento foi danificado, as autoridades brasileiras lançaram alguns alertas. Quando Silvinei chegou ao território paraguaio, a polícia local o prendeu.
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Informações preliminares indicam que ele tentou alterar a foto de um passaporte para passar pela imigração. No entanto, a adidância da PF brasileira já havia avisado à polícia local. A prisão ocorreu na madrugada desta sexta. Há dois voos que vão do Paraguai ao Panamá: um saiu à 1h44 e outro, às 6h42.
Segundo fontes da diplomacia brasileira, as autoridades locais estão em contato com a adidância da Polícia Federal a fim de obter “a expulsão sumária” de Silvinei do país. A princípio, ele deverá ser entregue às autoridades policiais brasileiras na Tríplice Fronteira.
Condenação
Silvinei Vasques foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento do núcleo 2 da trama golpista. Ele e mais 4 aliados teriam sido responsáveis pela elaboração da “minuta do golpe”, pelo monitoramento e pelo plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de articulação dentro da PRF para dificultar o voto de eleitores da Região Nordeste nas eleições de 2022.
Veja os condenados do núcleo 2:
- Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF): 24 anos e 6 meses de prisão
- Mário Fernandes, general da reserva do Exército: 26 anos e 6 meses de prisão
- Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro: 21 anos de prisão
- Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro: 21 anos de prisão, e
- Marília de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça: 8 anos e 6 meses de prisão.