Um episódio incomum em São Lourenço do Sul, no Rio Grande do Sul, divulgado em julho deste ano mas que voltou a circular na web virou tema de conversa entre curiosos. Uma galinha de estimação passou a apresentar traços físicos típicos de um galo após uma mudança hormonal gradual. A ave, chamada Liebling, que significa “querida” em alemão, vive há cerca de 10 anos com a família do comerciante Moisés Andersen Alencastro, que notou a transformação ao longo dos últimos meses.
As primeiras alterações ocorreram no ano anterior, como informado ao portal g1 pelos donos da galinha. Liebling começou a desenvolver penas mais longas e rígidas. Com o tempo, surgiram ainda crista mais proeminente, barbela avermelhada e até o esporão, estruturas que normalmente aparecem apenas nos galos.
Veja as fotosAbrir em tela cheia Caso da galinha Liebling, que desenvolveu características de galo, deu o que falarReprodução: RBS TV/Globo Caso da galinha Liebling, que desenvolveu características de galo, deu o que falarReprodução: RBS TV/Globo Caso da galinha Liebling, que desenvolveu características de galo, deu o que falarReprodução: RBS TV/Globo Caso da galinha Liebling, que desenvolveu características de galo, deu o que falarReprodução: RBS TV/Globo Caso da galinha Liebling, que desenvolveu características de galo, deu o que falarReprodução: RBS TV/Globo
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De acordo com o professor da FURG, Eduardo Antunes, a reversão sexual ocorre quando o ovário esquerdo, o único plenamente funcional nas galinhas, perde sua capacidade devido a doenças, lesões ou alterações internas. Sem esse funcionamento, o ovário direito, normalmente atrofiado, passa a crescer e assume uma forma chamada “ovoteste”, uma mistura de ovário com testículo. A consequência é um aumento significativo na produção de testosterona, o que desencadeia uma mudança física visível.
Embora sua aparência esteja cada vez mais semelhante à de um galo, Liebling continua sendo, do ponto de vista biológico, uma galinha; inclusive sem voltar a botar ovos desde o início das mudanças. O fenômeno é extremamente raro, afetando cerca de uma em cada 10 mil aves, e já foi registrado em países como a Inglaterra.