A aventura sexual envolvendo o advogado Hans Weberling, um ménage à trois fervilhante com duas garotas de programa em um escritório na Península dos Ministros, e um calote de R$ 10 mil, não se resumiu ao fato de todos terem sido conduzidos à delegacia.
A coluna teve acesso exclusivo a prints de conversas de WhatsApp que mostram mensagens das duas mulheres que exigiam o pagamento pela prestação dos serviços sexuais devidamente executados, no último domingo (7/12). As conversas ainda trouxeram à tona uma acusação grave sobre o comportamento do defensor durante o ato sexual.
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Após o registro da ocorrência na 5ª DP e a liberação dos envolvidos, as mulheres continuaram a contatar o advogado pelo aplicativo de mensagens. O tom, que misturava desabafo e negociação, tentava evitar que o escândalo ganhasse proporções ainda maiores, oferecendo uma “saída honrosa” para ambas as partes.
Veja os prints:
Material cedido ao Metrópoles
“Vulneráveis e desamparadas”
Em um dos trechos mais contundentes, uma das mulheres explica o motivo de terem acionado a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) naquele momento. Elas refutam a tese de que queriam apenas causar tumulto e apontam a quebra do acordo financeiro como o gatilho para a exposição pública.
“O que aconteceu ontem só chegou ao ponto da delegacia porque ficamos vulneráveis e desamparadas quando o acordo não foi cumprido por você. Desde o início você deixou claro que o problema não era dinheiro, e eu estou sendo justa ao reconhecer isso, porque ouvi isso de você”, escreveu a profissional do sexo.
Acusação de “Stealthing”
No entanto, o ponto mais alarmante das mensagens diz respeito à segurança sanitária e física das mulheres. No texto enviado a Hans, a mulher relata que o advogado teria retirado o preservativo sem o consentimento delas durante a relação, prática conhecida internacionalmente como stealthing, que pode configurar crime de violação sexual mediante fraude.
“Você também sabe o quanto ficamos expostas quando houve a situação da camisinha sendo retirada sem comunicar a gente. Isso gerou um medo porque existem riscos e consequências que não deveriam ter acontecido daquele jeito”, diz o trecho da mensagem.
Proposta de Acordo
Ao final da conversa, as mulheres sinalizam que estão dispostas a retirar a queixa ou minimizar os danos legais caso o pagamento dos R$ 10 mil seja efetuado. O texto sugere um encerramento “administrativo” para o caso que abalou a alta sociedade brasiliense.
“Não queremos levar isso adiante, nem causar nenhum problema para você ou para outras pessoas que estiveram ontem. Só queremos concluir o que foi combinado. Assim que valor acertado for passado, nós vamos até a delegacia para resolver administrativamente e encerrar tudo”, finaliza a mensagem.
A coluna apurou que nesta segunda-feira (8/12), o advogado pagou o valor cobrado pelas garotas de programa.