Globo aposta em nova série médica e tenta ocupar vazio deixado por “Sob Pressão”

Globo aposta em nova série médica e tenta ocupar vazio deixado por “Sob Pressão”

Desde o fim de “Sob Pressão”, em 2022, a Globo deixou um espaço curioso em sua dramaturgia: a ausência de uma série médica em sua grade. Um gênero que sempre funcionou bem, dialoga com o público e permite histórias fortes, humanas e urgentes. Esse vazio começa a ser preenchido agora, ainda que com calma.

Em 2026, o Globoplay estreia “Emergência 53”, nova série médica que vai acompanhar o dia a dia de profissionais do Samu, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do SUS. Diferente das produções tradicionais ambientadas em hospitais, a trama leva o drama para as ruas, para dentro das ambulâncias e para situações limite, onde decisões precisam ser tomadas em segundos.

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Criada por Márcio Maranhão, Cláudio Torres e Andrucha Waddington, a série é baseada nos 12 anos em que Maranhão trabalhou diretamente no Samu. Isso garante um diferencial importante: a história nasce da vivência real de quem conhece a pressão, o cansaço e a responsabilidade que esses profissionais enfrentam diariamente.

O elenco reúne nomes fortes e variados, como Yara de Novaes, Emílio Dantas, Valentina Herszage, Heloísa Jorge, Ana Hikari, Raquel Villar, William Nascimento, Thaíssa Carvalho, Jaffar Bambirra e Emílio de Mello. A proposta é mostrar não apenas os salvamentos e a tensão dos atendimentos, mas também quem são essas pessoas fora da sirene ligada.

“Emergência 53” promete ir além do heroísmo óbvio. A série pretende humanizar enfermeiros, condutores e socorristas, mostrando suas relações pessoais, dramas familiares, jornadas exaustivas e os impactos emocionais de quem lida diariamente com a vida e a morte. São personagens que, muitas vezes, são as primeiras pessoas que um acidentado vê ao abrir os olhos.

Há também espaço para romance, já que a convivência intensa, a adrenalina e o limite emocional criam vínculos que vão além do profissional. Esse equilíbrio entre tensão, humanidade e relações pessoais parece ser uma das apostas centrais da produção.

A Globo acerta ao resgatar o gênero médico, mas faz isso de forma inteligente, atualizando o olhar e mudando o cenário. Em vez de corredores hospitalares, o foco está na rua, no improviso e no tempo real das emergências. É um retrato mais cru, mais próximo da realidade e, possivelmente, mais impactante.

“Emergência 53” estreia no Globoplay em 2026, ainda sem data definida. Até lá, a expectativa é que a plataforma use a série como uma de suas apostas fortes em dramaturgia nacional, especialmente num momento em que o público busca histórias intensas, humanas e com algum pé na realidade.

Se conseguir equilibrar emoção, verdade e entretenimento, a Globo pode finalmente preencher o vazio deixado por “Sob Pressão”. E, quem sabe, criar um novo acerto dentro de um gênero que o público claramente sente falta.

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