“‘Ilhados com a Sogra’ é um programa terapêutico”, diz Fernanda Souza

“‘Ilhados com a Sogra’ é um programa terapêutico”, diz Fernanda Souza

“Ilhados com a Sogra” pode entrar na categoria “reality de família que rende meme e treta”, mas, para Fernanda Souza, ele já ultrapassou faz tempo o rótulo de entretenimento leve. A apresentadora enxerga a nova temporada 0 que estreia nesta quarta-feira (3) como algo bem maior: um programa que provoca catarse, levanta discussões profundas e, nas palavras dela, é “terapêutico” para quem participa e para quem assiste.

Ela conta que vive tudo duas vezes: primeiro na gravação, depois em casa, assistindo de novo com a mulher: “Eu tava assistindo com a minha mulher, eu estava vivendo a situação pela segunda vez, né? Porque eu tô lá na gravação e aí eu já vivi tudo aquilo, então chorei tudo aquilo. Aí quando eu assisto, eu me emociono, mas eu não choro tanto, mas eu olho para ela e vejo ela chorando muito, porque ela tá igual eu na primeira vez que eu vivi aquela história”, contou ela à coluna referindo-se à mulher, Eduarda Porto.

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E não é só no sofá de casa que rola catarse. No set, a reação é em cadeia: “Então eu acho que o público quando vê, já tá muito emocionado com aquilo, já tá chorando porque todos os participantes estão chorando. E aí quando eu olho para a equipe, a equipe inteira também tá chorando. E aí aquela hora que eu penso: ‘Bom, o Brasil deve estar chorando, assistindo também e o mundo, né? Porque graças a Deus nosso reality é sucesso no mundo’”.

Fernanda enxerga a ilha como um grande laboratório de comportamento, onde tudo o que já existe nas casas brasileiras ganha zoom. “O programa tem muitas camadas e acho que muitas histórias que espelham muito do que acontece na sociedade, como a que você exemplificou no começo,” fala.

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Ela cita casos de mães que querem senha da casa do filho, relações de dependência emocional, mães que trabalharam a vida inteira e esperam determinado caminho dos filhos, além do apagamento do trabalho de quem fica em casa: “É como se a mãe não estivesse fazendo nada, né? O fato dela estar em casa, lavando, passando, cozinhando, cuidando de criança, não é nada, entendeu? E acho que isso também é um ponto que a gente traz no programa para trazer um debate sobre isso”.

Nada disso vem embalado em certo e errado. A ideia, para ela, é abrir conversa, não distribuir sentença: “Eu acho que o programa, ele não entra num julgamento de certo ou errado, ele entra num lugar de abrir a conversa e de entender como cada um se sente dentro daquela fala.”

É nesse contexto que Fernanda passa a definir “Ilhados com a Sogra” como “programa terapêutico”. A expressão não é força de linguagem, vem da reação que ela observa em quem acompanha o reality.

“Falei com um repórter especificamente que me falou: ‘Cara, aquela frase do programa eu levei para terapia’. Então eu acho que ele meio que vira um, ele não é uma terapia em família, porque terapia é um processo muito sério e não dá para dizer que ele é uma terapia, mas ele é um programa terapêutico, digamos. Ele é um programa que toca nessas questões e faz as famílias debaterem”.

Segundo Fernanda, o impacto não fica só ali nas diárias de gravação. Continua depois que o elenco volta para casa: “Eles tiveram conversas que eles não tinham na vida, ou por falta de convivência ou porque nunca acessavam aquele lugar, sabe? (…) Já recebi muita DM de participante falando que realmente a vida transformou depois do programa. Depois que você vê aquilo, você não consegue “desver””

Ela acredita que o reality inaugura um “caminho sem volta” na forma como aqueles conflitos passam a ser encarados: “Todo mundo sai dali entendendo a vida e as relações de um outro jeito. É um caminho sem volta, a mudança. Completamente um caminho sem volta”.

Para a apresentadora, essa nova safra de episódios eleva o pacote de emoção, identificação e conversa difícil à enésima potência. “Eu acho que essa é a temporada onde os conflitos começaram antes. (…) Eu senti esse elenco muito comunicativo e acho que também os fatores dessa temporada, eu acho que eles são mais comuns, porém não menos interessantes, porque eu acho que o comum faz ter muita identificação, muita identificação. Todo mundo vai se identificar com alguma história ali. Essa temporada não tem escapatória, você vai se ver naquelas histórias, você vai ver as pessoas que você conhece.”

É dessa percepção que nasce a definição que dá título a essa matéria: “Eu estou muito feliz com essa temporada. Eu acho que ela é uma temporada que vai ser muito, entre aspas, terapêutica para o público, sabe? Acho que pode trazer muito debate bom, muita conversa boa, caso as pessoas queiram assistir o programa assim”.

Categories: ENTRETENIMENTO
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