A taxa anual de inflação na Argentina registrou uma leve aceleração em novembro deste ano e ficou em 31,4%, de acordo com dados divulgados nessa quinta-feira (11/12) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec).
Em outubro, segundo o levantamento do Indec, a inflação anual no país governado pelo ultraliberal Javier Milei havia sido de 31,3%.
É a primeira vez que a inflação anual na Argentina acelera desde abril de 2024.
Já a taxa mensal de inflação em novembro ficou em 2,5%, uma ligeira aceleração em relação aos 2,3% registrados no mês anterior.
Os dados vieram acima das estimativas da maioria dos analistas do mercado, que eram de 2,4% (mensal) e 30,9% (anual).
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As maiores variações no mês foram de habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (3,4%) e transporte (3%). Na sequência, apareceram alimentos e bebidas não alcoólicas (2,8%), comunicação (2,7%) e bens e serviços diversos (2,5%).
Milei venceu eleições legislativas em outubro
Os dados oficiais de inflação na Argentina são divulgados cerca de dois meses após as eleições legislativas no país, no fim de outubro. O partido de Milei, o La Libertad Avanza, foi o grande vencedor do pleito, dobrando sua presença na Câmara dos Deputados e no Senado.
A vitória da coalizão de Milei aconteceu sob forte apoio do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deu um aporte de US$ 20 bilhões ao país, por meio de operações financeiras e de câmbio, com o objetivo de estabilizar a economia argentina.