O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu nesta quinta-feira (18/12) a abertura de um inquérito policial para investigar suspeitas relacionadas à exploração clandestina de um camarote no estádio do São Paulo Futebol Clube, o Morumbis, na zona oeste de São Paulo.
Segundo a promotoria, a irregularidade teria acontecido em um camarote ligado à presidência do clube no estádio para o show da cantora colombiana Shakira, em fevereiro. Os crimes suspeitos levantados pelo Ministério Público são corrupção privada no esporte e coação no curso do processo.
O pedido de instauração de inquérito aconteceu após o recebimento de uma notícia de fato relatando o caso ser distribuída na Promotoria Criminal da Capital.
Repasse do camarote
Um áudio revelou um suposto esquema de comercialização irregular do camarote ligado a presidência no Morumbis, estádio do tricolor paulista.
Segundo o material divulgado pelo Globo Esporte, o diretor adjunto das categorias de base do São Paulo, Douglas Schwartzmann, e a diretora feminina, cultural e de eventos do clube (e ex-esposa do presidente do clube Julio Casares), Mara Casares, estariam envolvidos no esquema ilegal.
No áudio divulgado pela reportagem, o diretor das categorias de base diz que ele e outras pessoas se beneficiaram financeiramente com a prática.
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O esquema consistiu no repasse do camarote por parte da diretoria do São Paulo Futebol Clube à Mara Casares para a realização de um evento durante o show da Shakira. Posteriormente, a mulher chamou uma intermediária para vender os ingressos, com alguns tickets custando até R$ 2,1 mil. Essa prática já é considerada ilegal.
Porém o caso estourou, quando a intermediária entrou na Justiça alegando que foi vítima de um calote por parte de Mara e outro dirigente do São Paulo no pagamento de um pacote de ingressos. Neste momento, o áudio revelado na imprensa mostra os dois pressionando a intermediária a retirar a ação judicial, confessando que se tratava de um algo clandestino.