Mulher internada em estado grave após acidente na BR-364 ainda não sabe da morte do marido

João Paulo Marcelino Ximenes, de 39 anos e Cheila Maria Viana de Sousa, de 52 estavam em carro que capotou no AC — Foto: Arquivo pessoal

Cheila Maria Viana de Sousa, de 52 anos, segue internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após um grave acidente na BR-364, no último domingo (14). A autônoma, que sofreu fraturas e ferimentos, ainda não foi informada pela família de que seu marido, João Paulo Marcelino Ximenes, de 39 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu.

De acordo com uma sobrinha do casal, que preferiu não se identificar, a decisão de adiar a notícia foi tomada devido ao estado crítico de saúde de Cheila. “Ela acordou e perguntou pelo esposo, mas não entrou em detalhes porque está falando pouco. Está muito machucada, com a boca inchada, e convulsionou por muito tempo. Por isso, ainda não contamos”, relatou a familiar.

Cheila sofreu a quebra de duas costelas, ferimentos na mão direita e teve um pneumotórax (acúmulo de ar entre o pulmão e a parede torácica), necessitando de dreno. Ela aguarda cirurgia na mão e seu estado, embora grave, é considerado estável e “fora de risco” pelas informações repassadas à família.

O acidente ocorreu no KM 204 da rodovia, entre Bujari e Sena Madureira. O casal viajava de Feijó, cidade onde residia, até Rio Branco para buscar sua neta de 6 anos, que passava as férias com a mãe na capital. No trajeto, houve uma colisão frontal com outro veículo, que seguia para Sena Madureira e era ocupado por Luciana Régis de Andrade, 40 anos, e seu filho de 11 anos. Os dois sofreram apenas ferimentos leves.

João Paulo, que trabalhava como motorista de aplicativo, faleceu no local. O corpo está sendo velado e será enterrado em Feijó. A família aguarda o laudo pericial, que deve sair nos próximos dias, para entender as causas exatas da colisão.

O casal, que estava junto há cerca de 16 anos, tinha uma rotina em que João Paulo sustentava a casa e Cheila cuidava da neta. Agora, a família se divide entre o velório do marido, em Feijó, e a vigília ao lado de Cheila, na capital, protegendo-a, por enquanto, da dor de uma perda ainda desconhecida.

Informações via g1 Acre.
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