O Lyon iniciou uma investigação interna para esclarecer possíveis irregularidades em transferências vinculadas a jogadores que passaram pelo Botafogo, mas que nunca atuaram pelo clube francês. A apuração, revelada pelo jornal L’Équipe, aponta que a nova diretoria se surpreendeu ao identificar operações formalizadas sob autorização de John Textor que não se concretizaram esportivamente.
Segundo a publicação, as negociações investigadas envolvem Igor Jesus, Luiz Henrique, Jair Cunha e Savarino, que ainda integra o elenco do Botafogo. A transação de Thiago Almada, que jogou pelo Lyon no primeiro semestre após deixar o clube carioca, também entrou no escopo das verificações. De acordo com o jornal, essas operações geraram uma “dívida” declarada de aproximadamente € 120 milhões de euros ao Lyon.
Veja as fotosAbrir em tela cheia John Textor, presidente do LyonReprodução/John Textor, presidente do Lyon (França) John Textor comemorou a vitória do Botafogo sobre o Palmeiras e buscou baixar a tensão com Leila Pereira (Reprodução)John Textor comemorou a vitória do Botafogo sobre o Palmeiras e buscou baixar a tensão com Leila Pereira (Reprodução) John Textor. Foto: Reprodução
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Ainda conforme a reportagem, parte desses valores teria sido antecipada por meio de um mecanismo de factoring, no qual o clube vende a expectativa de receita a uma instituição financeira. O adiantamento, estimado em cerca de 100 milhões de euros, entrou no caixa do Lyon, mas os jogadores não chegaram a vestir a camisa do clube nem foram registrados pela Liga Francesa.
Internamente, o Botafogo contesta a expressão “transferências fantasmas”. A SAF afirma que os atletas não foram inscritos pelo Lyon por questões internas do clube francês, e que “o contrato entre as partes e a instituição de crédito não teve quaisquer falhas jurídicas”.
A cúpula alvinegra sustenta que não há ilegalidades ou infrações a regulamentos da Fifa, ressaltando que as operações constam em registros oficiais como o DNCG e o balanço financeiro do Lyon.
O L’Équipe também informa que o Lyon considera seus relatórios financeiros para o exercício 2024-2025 “exaustivos” e que todas as transações realizadas pela Eagle Football Group estariam devidamente contabilizadas. No entanto, segundo o jornal, há questionamentos internos sobre a efetiva conversão dos valores antecipados e dos direitos econômicos dos jogadores em ativos reais para o clube. Pessoas próximas a Textor teriam dito à publicação que parte desses recursos foi usada para socorrer financeiramente o próprio Lyon.
Para esclarecer os pontos em aberto, o clube francês nomeou o executivo Stephen Welch, responsável por auditoria, para revisar as operações. A missão inclui determinar o que é devido, por quem e se haverá necessidade de ressarcimento ou compensação entre as partes envolvidas.
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