Lideranças do PT atuam, nos bastidores, para emplacar um nome diferente ao indicado por Fernando Haddad para sucedê-lo no comando do Ministério da Fazenda em 2026.
Haddad, como noticicou o Metrópoles, avisou a Lula que pretende deixar o comando da equipe econômica até abril para ajudar o presidente em sua campanha à reeleição.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Hugo Barreto/Metrópoles
Bruno Moretti
Moreira Mariz/Agência Senado
Secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan
Reprodução/Instagram
Fachada do Ministério da Fazenda
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Para substitui-lo, Haddad indicou seu número dois no pasta, Dario Durigan. Os dois se conhecem desde que Durigan assessorou Haddad na Prefeitura de São Paulo.
O nome de Durigan, contudo, enfrenta resistência no PT e entre ministros do Palácio do Planalto. A crítica é de que o atual número 2 da Fazenda não teria relação com o partido.
Diante disso, petistas e ministros do Planalto passaram a defender outros nomes para suceder Haddad. Um deles é o de Bruno Moretti, atual presidente do conselho de administração da Petrobras.
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Servidor de carreira do Ministério do Planejamento, Moretti acumula o cargo na petrolífera com o de secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil, pasta chefiada pelo petista Rui Costa.
O nome do servidor conta com apoio de Rui Costa e outros ministros do governo. O economista também é bem visto por integrantes do mercado financeiro consultados pela coluna.
Caso não seja escolhido por Lula para a Fazenda, integrantes do governo defendem que Moretti suceda a atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, que também deixará o cargo até abril.
Aliados de Haddad defendem Durigan
Aliados de Haddad, por sua vez, argumentam que Dario Durigan seria o nome ideal para suceder o ministro porque já conhece toda a estrutura da pasta. Assim, seria visto como “continuidade”.
Durigan chegou ao Ministério da Fazenda na metade de 2023, após o então secretário-executivo da pasta, Gabriel Galípolo, ter sido indicado por Lula para a diretoria do Banco Central.
O número 2 de Haddad também já atuou em outros governos do PT. Ele integrou a Subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Presidência durante o governo Dilma Rousseff.